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Pelo menos mil pessoas morrem por calor intenso durante peregrinação a Meca

Autoridades sauditas relataram que mais de 2 mil peregrinos sofreram de estresse pelas altas temperaturas
20/06/2024 | 13h18

Mais de mil pessoas morreram ao longo da semana durante a peregrinação de cinco dias do Hajj, também conhecida como peregrinação muçulmana a Meca, devido ao calor intenso na Arábia Saudita.

O balanço feito nesta quinta-feira (20) pela agência de notícias AFP e aponta um total de 1.081 mortos.

Dos falecidos, cerca de 680 são egípcios, que perderam a vida devido a doenças causadas pelo calor, exceto um, que morreu após ferimentos causados por tumulto no entorno do templo.

Também morreram peregrinos da Malásia, Paquistão, Índia, Jordânia, Indonésia, Irã, Senegal, Tunísia e do Curdistão.

De acordo com o Centro Meteorológico Nacional Saudita, as temperaturas chegaram a atingir quase 52 graus no período mais quente do dia. Autoridades sauditas relataram que mais de 2 mil peregrinos sofreram de estresse pelo calor.

O governo de Riade anunciou que, apesar das mortes, o plano operacional implementado para fazer face a qualquer situação relacionada com a saúde foi um sucesso.

Peregrinação

A peregrinação de cinco dias do Haji é exigida de todo muçulmano apto pelo menos uma vez na vida com o objectivo de unificar as suas crenças e adorar Alá. É um dos cinco pilares do Islão, juntamente com a fé, a oração, a caridade e o jejum.

A tradição, no entanto, tem sido cada vez mais afetada pelas mudanças climáticas.

Segundo um estudo publicado no mês passado na Arábia Saudita, as temperaturas na área onde os rituais são realizados estariam aumentando 0,4 °C a cada década. Todos os anos, o Hajj atrai milhares de peregrinos.

O número de mortos deste ano sugere que algo fez com que a quantidade de óbitos aumentasse. Países como a Jordânia e Tunísia mencionaram o calor como determinante.

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