Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou que quase sete entre 10 (67,7%) trabalhadores autônomos por conta própria, que não estão formalizados como microempreendedor individual (MEI), gostariam de ter carteira de trabalho assinada.
Intitulada de Sondagem de Mercado de Trabalho, a pesquisa foi realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV. Quase 45% dos entrevistados da pesquisa afirmaram, ainda, não saber ao certo quanto será seu rendimento no mês seguinte.
Informalidade
De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C) do IBGE, de 2012 a 2024, trabalhadores por conta própria e empregadores cresceram 25,9% e 21,9%, respectivamente.
Essas taxas são superiores quando comparadas às dos empregados dos setores privado e público, com variação de 12,5%.
Perfil dos trabalhadores autônomos
A pesquisa da FGV traçou, ainda, o perfil dos trabalhadores autônomos no Brasil. Ao considerar fatores como escolaridade, raça e sexo dentro desse grupo de autônomos por conta própria, é constatado que 44% deles possui baixo grau de escolaridade e 60% são negros e pardos.
O levantamento revelou que em relação a renda, a maioria dos autônomos recebe até três salários mínimos mensais.
Um dos marcadores que divide a categoria dos trabalhadores autônomos é o vínculo formal com o Estado por meio do MEI.
Ou seja, trabalhadores que possuem CNPJ e trabalhadores que não possuem, conhecidos como trabalhadores por conta própria. Atualmente, cerca de 74,6% dos autônomos estão nesse cenário.
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