A América do Sul registra o começo de ano mais quente desde que se iniciaram os dados de temperatura da região, aponta o centro climático da NOAA, a agência de tempo e clima do governo dos Estados Unidos. Conforme a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera, a América do Sul registrou o janeiro mais quente até hoje observado.
O aquecimento recorde de janeiro coincidiu com uma grande onda de calor no final do mês que favoreceu os incêndios devastadores na região de Valparaíso e Viña del Mar, no Chile, que deixaram mais de 130 mortos. Os incêndios estão na lista dos eventos extremos de janeiro no mundo catalogados pela agência. O planeta aumentou a sua série de meses de calor recorde, começando o novo ano com o janeiro mais quente já registrado.
O mês passado foi o oitavo mês consecutivo em que as temperaturas globais mensais atingiram um máximo recorde. O mês também foi o segundo janeiro mais chuvoso já registrado no mundo, de acordo com especialistas e dados dos Centros Nacionais de Informação Ambiental (NCEI) da NOAA.
A temperatura média global da superfície terrestre e oceânica foi 1,27 °C acima da média do século 20 de 12,2 °C, classificando-se como o janeiro mais quente no registro climático global de 175 anos. A temperatura média global em janeiro ficou 0,04 °C acima do recorde anterior de janeiro de 2016, ou seja, um virtual empate.
As temperaturas estiveram acima da média em todo o Ártico, na maior parte do nordeste da América do Norte, centro da Rússia, sul e oeste da Ásia, África, América do Sul, leste e sudeste da Ásia e Austrália. A África e a América do Sul tiveram os janeiros mais quentes já registrados.
Janeiro foi o segundo mês mais chuvoso do mundo, logo após um dezembro com chuva recorde. Grandes áreas da América do Norte, Ásia e Austrália foram mais úmidas do que a média, enquanto grande parte da África austral e da América do Sul foram mais secas do que o normal. Janeiro também registrou uma temperatura mensal recorde da superfície dos oceanos globais pelo décimo mês consecutivo.
As condições do El Niño que surgiram em junho de 2023 continuaram em janeiro e, conforme o Centro de Previsão Climática da NOAA, é provável que o Pacífico evolua para neutralidade no outono.
De acordo com a perspectiva anual global de temperatura do NCEI/ NOAA, há 22% de probabilidade de que 2024 seja classificado como o ano mais quente já registrado e 99% de probabilidade de que seja classificado entre os cinco anos mais quentes alguma vez registrados.
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