Criminosos têm explorado uma atualização do software Reboleto para aplicar golpes. As fraudes ocorrem com a manipulação do QR Code do Pix e dos códigos de barras de boletos recebidos por e-mail, que permitem que o valor pago seja desviado para contas de terceiros sem que as vítimas percebam.
Segundo a empresa de cibersegurança Kaspersky, o que torna o Reboleto um golpe muito perigoso é que a “edição fraudulenta do boleto acontece diretamente na caixa de e-mail da vítima”. O software foi criado como objetivo de interceptar todos os e-mails que são recebidos por uma conta.
Reboleto
A ferramenta Reboleto possibilita aos criminosos monitorar e-mails com anexos, onde buscam palavras-chave como “boleto”, “Pix” e outras relacionadas.
Os golpistas conseguem, então, editar as faturas, mesmo em e-mails não lidos pela vítima. E isso sem a necessidade de infectar o computador, já que toda a fraude é realizada remotamente.
Os fraudadores ainda conseguem realizar a fraude tendo acesso apenas ao e-mail das vítimas, algo facilitado por vazamentos de dados.
“Para evitar o golpe, é crucial verificar o destinatário na hora de efetuar o pagamento da conta, pois é possível perceber a alteração no nome do destinatário, seja após a leitura do código de barra ou via o QR Code do Pix”, avisa Fabio Assolini, da Kaspersky.
Recomendações
- Geralmente os criminosos somente mudam os dados de pagamento (código de barras e QRCode Pix).
- Fique de olho na hora do pagamento: o resumo mostrará dados de uma pessoa aleatória (laranja) em vez dos dados da empresa fornecedora que deveria receber o pagamento.
- Ative a dupla autenticação no serviço de correio eletrônico: isso impedirá o acesso não autorizado do criminoso ao e-mail e consequentemente às faturas.
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