O empresário Sam Bankman-Fried foi sentenciado a 25 anos de prisão por desviar US$ 8 bilhões (R$ 40 bilhões) de clientes da FTX, uma corretora de criptomoedas que já chegou a ser avaliada em cerca de US$ 32 bilhões. A empresa foi uma das maiores do mundo antes de entrar em colapso no final de 2023.
O anúncio da sentença ocorreu nesta quinta-feira (28) no Tribunal Federal de Manhattan, em Nova York. A decisão já havia sido tomada em novembro, mas a sentença não havia sido definida na ocasião.
“Ele sabia que estava errado”, declarou o juiz Lewis Kaplan antes de proferir a sentença. “Ele sabia que era um criminoso (…) Mas ele não vai admitir nada, como é seu direito”, acrescentou o magistrado.
Bankman-Fried planeja recorrer tanto da condenação quanto da sentença. Os promotores haviam solicitado uma pena entre 40 e 50 anos de prisão para o empresário.
Queda do “rei das criptomoedas”
Após um ano do pedido de recuperação judicial da FTX, o fundador Sam Bankman-Fried enfrenta uma condenação que marca sua queda de magnata das criptomoedas para alvo de investigação por fraude, resultando na perda de sua fortuna pessoal estimada em US$ 26 bilhões (R$ 130 bilhões).
Ele foi extraditado das Bahamas, em dezembro de 2022, preso e libertado sob fiança, mas posteriormente foi detido novamente em agosto de 2023 por tentativa de manipulação de testemunhas.
FTX
A crise da FTX teve início quando surgiu a notícia de que Sam Bankman-Fried havia emprestado dinheiro da própria corretora para salvar a Alameda Research, um outro empreendimento do empresário.
Segundo o G1, o empresário utilizou os recursos dos clientes que estavam depositados na corretora para financiar a operação da Alameda, configurando-se na ilegalidade da ação.
No início de novembro de 2022, veio a público um balanço patrimonial da Alameda, revelando que aproximadamente US$ 14,6 bilhões estavam mantidos em FTT, a moeda oficial da plataforma FTX.
O fato desencadeou uma onda de saques por parte dos clientes, resultando na falência da FTX e no pedido de recuperação judicial na justiça americana em novembro de 2022.
Deixe um comentário