Por Leandro Demori
Porque, lendo os fatos publicados pela Folha, fica difícil compreender como a Folha entrou de cabeça na campanha da extrema direita pra passar a imagem que o Brasil está à beira de uma “ditadura do Judiciário”.
Vamos a trechos da reportagem “Fake news, distorção, Israel, yanomamis; o que circula nas redes de Bolsonaro“, publicada hoje pela Folha. Lembrando: são as redes OFICIAIS do Bolsonaro:
“Uma publicação contém desinformação ao fazer circular um boato de que a organização terrorista Hamas teria queimado um bebê vivo no forno.”
“Um vídeo no qual um homem que diz ser ex-integrante do PCC afirma ter sido instruído, assim como outros membros, a votar em Lula (PT) nas últimas eleições.”
“Postagem que fazia referência a uma acusação falsa de que o presidente Lula teria ganhado um carro zero-quilômetro da empresa chinesa de carros elétricos BYD.”
“Publicação de janeiro reunindo recortes de vídeos com falas do presidente Lula, por meio dos quais se busca construir a imagem de que haveria um cenário de manipulação para impedir Bolsonaro de retornar ao poder.
No conteúdo distorcido, Lula também aparece dizendo ter “consciência de que jamais a gente poderia chegar ao poder pela via do voto, pela via democrática” e insinuando que os ataques do 8 de janeiro são de responsabilidade do atual governo.
Então, novamente: a Folha que OPINA lê a Folha que APURA?
A Folha que apura mostra a quantidade colossal de mentiras espalhadas pelas redes oficiais de Bolsonaro. Essas mentiras poluem o debate público e colocam em cheque as eleições e a democracia. Usam o escudo da liberdade de expressão para manipular o povo.
A Folha que opina acha que temos que deixar essa coleção de absurdos correr livremente, e que tentar regular esses crimes fere a “liberdade de expressão” e que esses mesmos criminosos reincidentes devem ter suas contas protegidas.
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