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O ex-presidente Jair Bolsonaro realiza hoje ato na praia de Copacabana em mais uma tentativa intimidar as autoridades brasileiras, em especial Supremo Tribunal Federal (STF) e Polícia Federal (PF), exibindo apoio popular e sinalizando que uma possível prisão sua teria custo político.

A manifestação terá configuração parecida com a realizada em fevereiro na avenida Paulista, com Bolsonaro e seus aliados reclamando de injustiça, pedindo anistia para golpistas e criticando decisões do STF.

Como da outra vez, o principal aliado do ex-presidente na organização do evento é Silas Malafaia, líder da Assembleia de deus Vitória em Cristo, contumaz disseminador de fake news contra o Judiciário e contra adversários políticos.

Um dos novos temas a ser abordado na manifestação de hoje é a retirada de conteúdo antidemocrático de redes sociais por parte do Supremo, em sintonia com os ataques que o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter) vem fazendo contra o ministro Alexandre de Moraes.

Da mesma forma que fez no ato da avenida Paulista, Bolsonaro pediu para que apoiadores não levassem bandeiras ou faixas. O objetivo é evitar que ataques a Moraes no público sirvam como argumento para uma reação do STF.

Á colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Malafaia disse que no ato de hoje deverá fazer uma fala mais incisiva: “Em São Paulo meu discurso foi água com açúcar”.

Bolsonaro terá ainda a companhia do governador Cláudio Castro (PL), ausente na manifestação na avenida Paulista. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) também deve comparecer ao ato no Rio, de acordo com aliados.

O prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), que esteve presente na Paulista em um aceno ao seu principal apoiador na eleição, terá compromissos na cidade e não vai ao ato.

Bolsonaro e Malafaia, na manifestação da avenida Paulista

Bolsonaro e Malafaia, na manifestação da avenida Paulista

Acesso ao caminhão de Bolsonaro

Segundo a jornalista Berenice Seara, do site Tempo Real RJ, somente 60 pessoas terão acesso ao caminhão número um da manifestação deste domingo. Ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro estarão a ex-primeira-dama Michele, o senador Flávio e o líder do PL na Câmara dos Deputados (e presidente estadual do partido), Altineu Côrtes.

Também vão conseguir a pulseirinha o deputado federal e pré-candidato a prefeito Alexandre Ramagem; os dois governadores que já confirmaram presença, Cláudio Castro (RJ) e Jorginho Mello (SC); os senadores Rogério Marinho (RN), Carlos Portinho (RJ), Eduardo Gomes (TO), Jorge Seif (SC) e Wilder Morais (GO); os deputados federais Nikolas Ferreira (MG) e Gustavo Gayer (GO).

Mais uma vez, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, vai estar na manifestação — mas, como aconteceu na Paulista, vai partir antes de Bolsonaro chegar. Os dois não podem se encontrar, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ambos são investigados pela Operação Tempos Veritatis.

Além do trio um, há um cercadinho para 300 pessoas identificadas com uma pulseirinha verde. E, também, um outro trio, onde ficarão, por exemplo, os deputados estaduais. Desta vez, os dois carros de som estarão estacionados lado a lado na Avenida Atlântica — e não um atrás do outro.

O PL, aliás, tomou todos os cuidados para não ser considerado responsável pela manifestação. Não pagou um centavo, para não dar o caráter partidário ao ato — orçado em R$ 125 mil, pagos com doações de R$ 5 mil, via PIX, ao pastor Silas Malafaia, organizador do evento.

 

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