Integrantes da polícia de Nova Iorque, nos Estados Unidos (EUA), entraram na noite desta terça-feira (30) no edifício Hamilton Hall da Universidade de Columbia, onde estudantes e ativistas pró-palestinos estavam reunidos para protestar contra o massacre que o governo de Israel promove em Gaza.
A pedido da mesma universidade, um grande número de agentes policiais entrou à força nas instalações onde se encontrava o grupo, muito perto de uma das entradas da instituição. Os participantes estavam com portas fechadas, empilhando mesas, cadeiras e outros objetos.
Segundo o site da Universidade de Columbia, a decisão foi tomada para “restaurar a segurança e a ordem em nossa comunidade”.
Os agentes chegaram acompanhados de veículos para realizar prisões em massa e barraram observadores, jornalistas, estudantes e membros da comunidade fora do edifício.
Muitos dos manifestantes deixaram a instituição algemados e escoltados pela polícia, enquanto o Departamento de Polícia de Nova York emitiu uma ordem para que ninguém ficasse circulando pela área. Imagens de emissoras de TV e vídeos que circulam nas redes sociais mostram que os policiais usaram de truculência para prender os manifestantes.
De acordo com um porta-voz da polícia, pelo menos 100 pessoas foram presas por agentes de segurança.
Comunicado de Columbia
A Universidade emitiu um comunicado no qual dizia: “Lamentamos que os manifestantes tenham optado por agravar a situação através das suas ações (…) Depois que a Universidade soube durante a noite que Hamilton Hall havia sido ocupado, vandalizado e bloqueado, não tivemos outra opção”, diz o texto, referindo-se ao chamado para que a polícia para realizasse o despejo.
“Não arriscaremos a segurança da nossa comunidade ou a possibilidade de uma nova escalada”, disse o think tank.
Os protestos na Universidade de Columbia começaram na semana passada e foram acompanhados por outros em diferentes cidades do país e do mundo.
Columbia tem sido o epicentro de protestos pró-Palestina em universidades dos EUA, mas manifestações foram registradas em todo o país.
Mais de mil manifestantes foram presos desde 18 de abril, quando os protestos começaram.
Algumas escolas, como Yale e Brown, retiraram acampamentos de seus campus, enquanto o caos tomou conta de outras instituições.
As aulas foram canceladas na UNC Chapel Hill, onde dezenas de estudantes foram detidos.
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