Na Península de Yucatán, no México, encontra-se o Taam-Ja’, considerado o maior buraco azul do mundo, próximo ao Sistema Mesoamericano de Barreira de Corais e banhado pelas águas do Caribe.
Cientistas mediram mais de 420 metros de profundidade, equivalente a 11 Cristos Redentores empilhados. Esses buracos são similares aos terrestres, e estudos sugerem uma possível rede subterrânea conectando o Taam-Ja’ a outros corpos d’água.
Buraco marinho Taam-Ja
Uma expedição em 2021 registrou que o buraco marinho Taam-Ja atingiu 274,4 metros abaixo do nível do mar, abaixo dos 300 metros do buraco marinho Sansha Yongle.
Usando um ecobatímetro, instrumento que calcula a profundidade de áreas marinhas ao enviar uma onda ao fundo do mar e ver em quanto tempo ela retorna, os cientistas calcularam a profundidade, mas o método tem limitações em ambientes complexos como buracos.
Uma nova pesquisa, publicada na revista Frontiers in Science em 29 de abril deste ano, usando um perfilador de condutividade, temperatura e profundidade (CTD), alcançou uma profundidade maior que a do Sansha Yongle, embora o fundo ainda não tenha sido alcançado.
Altas temperaturas nas camadas abaixo de 400 metros
O Taam-Ja tem 13.690 m² e suas características de água mudam na boca do buraco. Nas camadas abaixo de 400 metros, as condições — temperatura, salinidade e densidade da água aumentadas — se assemelham às superficiais do mar do Caribe e à Barreira de Corais Mesoamericana, sugerindo uma conexão subterrânea entre eles e o buraco.
Outra hipótese para esse aumento da temperatura é a atividade geotérmica. Na superfície, há turbidez, que diminui a uma profundidade de quatro metros, sendo visível a borda do buraco.
As paredes são inicialmente de rochas sedimentares frágeis e quebradiças, mas tornam-se firmes entre 25 e 30 metros, sem cobertura biológica devido à redução da luz.
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