Por Karla Gamba e Igor Mello
O Conselho de Ética da Câmara Federal dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (15/5), a abertura do processo que pode cassar o mandato de Chiquinho Brazão.
O parlamentar é acusado de ser um dos mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido em 2018. O pedido de cassação foi apresentado pelo PSOL, partido ao qual Marielle era filiada.
A decisão foi tomada em sessão desta quarta-feira (15/5), com o placar de 16 a 1. A maioria dos deputados acompanhou a relatora, deputada Jack Rocha (PT-ES), que apresentou parecer favorável pela abertura do processo.
Agora, Chiquinho Brazão terá 10 dias úteis para apresentar sua defesa por escrito à Comissão.
O único que votou contra a abertura do processo de cassação foi o deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ). O parlamentar está na lista de indiciados pela Polícia Federal na investigação que apura fraudes em cartões de vacina, junto com o ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, e outros.
Chiquinho Brazão, que está preso desde 24 de março, participou da reunião de forma virtual e declarou ser inocente. Seu advogado alegou que a Câmara não poderia julgá-lo por um crime que ocorreu antes dele ser eleito deputado federal.
Chiquinho, seu irmão, Domingos Brazão (ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Rio), e o ex-chefe da Polícia Civil do RJ, Rivaldo Barbosa, foram apontados por Ronnie Lessa como os responsáveis por planejar e ordenar o assassinato de Marielle Franco.
Lessa, réu confesso pela execução do crime, contou em delação os detalhes da operação que teria envolvido outros agentes da polícia para tentar obstruir as investigações. Os irmãos Brazão já foi denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
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