A greve dos professores e trabalhadores das instituições de ensino federais ganhou mais um capítulo na última segunda-feira (3).
Representantes dos Comandos Nacionais de Greve (CNGs) e diretorias sindicais ocuparam uma sala na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, durante uma reunião, e só liberaram o espaço após o Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) marcar uma nova data para as negociações.
As negociações serão retomadas no próximo dia 11 de junho, com servidores técnico-administrativos em educação (TAEs), e 14/6, com os docentes.
A decisão, de acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), ocorreu após a reunião com representantes do governo ser interrompida pelo secretário de Relações de Trabalho, José Lopez Feijó, sem apresentação de uma agenda para a continuidade das negociações.
O governo, de acordo com o sindicato, “manteve a intransigência na possibilidade de avançar nas negociações”. A informação é do Estado de Minas.
Os servidores reivindicam reajustes no salário dos professores em 3,69% em agosto de 2024; 9% em janeiro de 2025; e 5,16% em maio de 2026. O governo justificou, no entanto, que não haveria mais espaço para aumento salarial da categoria ainda este ano.
A última proposta do MGI, que ainda permanece na mesa, prevê apenas dois reajustes: de 9%, em 2025, e de 3,5%, em 2026.
Justiça sustou acordo do governo com Proifes
O juiz Edmilson da Silva Pimenta, da 3ª Vara Federal de Sergipe, anulou, na última semana, o acordo firmado entre o governo federal e a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes) sobre o reajuste salarial dos professores de universidades e institutos federais.
O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) e Andes-SN, recusaram a proposta.
Sindicatos dizem que não há prazo para fim do movimento
O Andes, o Sinasefe e a Fasubra, entidades que representam os professores e trabalhadores da rede federal de ensino, concederam entrevista coletiva na última segunda-feira (3) para atualizar a situação da greve dos profissionais. Segundo os sindicatos, não há prazo para o encerramento do movimento grevista.
“Não há um prazo limite para a continuidade das negociações e nem mesmo para o estabelecimento do que são as pautas conduzidas pelo movimento docente. Nós reclamamos uma celeridade por parte do governo federal em dar respostas, porque a condução da greve traz impactos que são vivenciados por todos que estão nas universidades, institutos federais e Cefets”, disse Gustavo Seferian, do Andes.
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