Ministro do Gabinete de Guerra de Israel, Benny Gantz renunciou ao cargo neste domingo e atacou o governo do premiê Benjamin Netanyahu. Segundo ele, o primeiro-ministro impede o país de “avançar rumo a uma verdadeira vitória” na Faixa de Gaza.
A renúncia ocorre um dia após o resgate de quatro reféns israelenses em Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza. A operação das Forças de Defesa de Israel (FDI), no entanto, deixou outros três sequestrados mortos — segundo o Hamas, um deles era cidadão norte-americano.
“Netanyahu está nos impedindo de avançar rumo a uma verdadeira vitória. É por isso que estamos deixando o governo de emergência hoje, com o coração pesado, mas com plena confiança”, afirmou.
Gantz era um dos três pilares do Gabinete de Guerra de Israel. Além dele, a pasta reunia ainda o próprio primeiro-ministro Netanyahu e Yoav Gallant, ministro da Defesa.
O ex-ministro também cobrou do premiê israelense novas eleições e criticou a atual postura de Netanyahu de criar um plano para a libertação dos reféns sequestrados pelo Hamas durante os ataques de 7 de outubro de 2023.
“Decisões estratégicas fatais são recebidas com hesitação e procrastinação devido a considerações políticas. Não deixe que nossa nação se desfaça”, reclamou Gantz.
Netanyahu rebate ministro
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, por sua vez, rebateu Gantz e afirmou que não era hora de deixar o governo.
“Israel está em uma guerra existencial em várias frentes. Benny, agora não é hora de abandonar a luta, é hora de unir forças”, pediu o premiê.
Resgate
As Brigadas Al-Qassam, braço armado do Hamas, informaram neste domingo (9) que três reféns, incluindo um cidadão dos Estados Unidos, foram mortos durante a operação da FDI que salvou outros quatro sequestrados pelo grupo no sábado (8).
Segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, no local do resgate — em Nuseirat –, 247 palestinos também morreram durante a operação e outros 698 ficaram feridos, alguns em estado grave.
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