O volume de menções ao PL 1904 tomou proporções impressionantes. No total o tema mais que triplicou o volume em menos de 24h, atingindo mais de 1.2 milhões de menções no dia 13/06.
Com um engajamento ainda mais marcante de atores não-polarizados, conteúdos virais e um enorme buzz sobre o tema, o total de comentários críticos ao projeto atingiu impressionantes 98% das ocorrências, enquanto apenas 2% propuseram qualquer tipo de opinião favorável ao PL.
Em comum, a indignação e rejeição total ao projeto representa 60% dos comentários analisados.
Outros 25% focam nas críticas à bancada evangélica — que detém a ‘paternidade’ da proposta sob a perspectiva do antibolsonarismo.
A defesa explícita do direito das mulheres e meninas é o ponto central em 10% dos comentários.
Vale ressaltar também a presença de um terceiro ator identificado como responsável por esse retrocesso: Arthur Lira. O presidente da Câmara foi o 3º ator mais citado, atrás apenas de blocos como “bancada evangélica” e “políticos de extrema-direita”. Foi, assim, a figura individualizada mais citada no tema e atingiu o pico de menções ao seu nome.
O tema foi um exemplo do que apresentamos, nesta coluna, ao longo dos últimos meses: o ponto de virada para um governo antibolsonarista não está no embate polarizado, mas sim na capacidade de mobilização deste para além do debate regular.
Cabe ao governo federal responder — ou ao menos dar indícios de tentar — aos anseios desta miríade de clusters, atores e ideologias que compõe o antibolsonarismo nas redes sociais.
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