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Coronel pró-câmeras corporais se aposenta após ser rebaixado por Derrite

Militar havia sido retirado do posto de subcomandante da PM pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo
20/06/2024 | 16h28

O coronel José Alexander de Albuquerque Freixo passou oficialmente nesta terça-feira (18) à reserva da Polícia Militar de São Paulo. O militar havia sido retirado do posto de subcomandante da corporação pelo secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, em fevereiro. A mudança é tida como rara.

Freixo era tido como um dos principais defensores da PM contra as interferências políticas na instituição e o avanço da “mentalidade bolsonarista” em postos chave.

Como subcomandante, ele teria se recusado a cumprir medidas consideradas políticas e, com isso, desagradado o secretário. A informação é da Folha de São Paulo.

Coronel contra radicalização

O coronel também é crítico das operações do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) na Baixada Santista e um dos defensores da ampliação do programa de câmeras corporais na tropa, que teve a efetividade questionada pelo governador.

A posição, no entanto, teve uma mudança de opinião sinalizada pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite.

“Eu mesmo, na época da campanha, questionei a utilização das câmeras e sua eficácia, e pude acompanhar que ela pode ser utilizada para outras funcionalidades. Isso pode ser muito bom não só para o policial, como para a população”, afirmou.

Em maio deste ano, no entanto, o governo paulista lançou um edital para a contratação de câmeras corporais para os agentes da corporação.

No edital, apresentado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), são alteradas uma das principais normas do programa atual: a possibilidade da gravação ininterrupta de todo o turno do policial.

Derrite

Derrite trocou 34 coronéis da PM, privilegiando ex-integrantes da Rota na formação da nova cúpula. Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil

Em fevereiro, Derrite trocou 34 coronéis da PM, privilegiando ex-integrantes da Rota na formação da nova cúpula. A medida foi vista como uma ofensiva contra o grupo de coronéis que resiste ao avanço da politização nos principais postos da instituição militar.

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