Por Chico Alves
O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sérgio Takemoto, fez duras críticas à troca de comando da Caixa Econômica Federal, motivada pela tentativa do governo de conseguir mais apoio no Congresso.
“Entendemos como um grande retrocesso a saída da Rita Serrano da presidência da Caixa”, disse Takemoto ao ICL Notícias. “Ainda mais que a motivação foi atender o pedido do Centrão, ou seja, a instituição foi usada como moeda de troca”, complementou.
O novo presidente é Carlos Vieira, ligado a Arthur Lira.
ELOGIOS À PRESIDENTE DEMITIDA
O sindicalista elogiou o trabalho que vinha sendo executado desde o início do governo de Lula.
“Sob a gestão da Rita, a Caixa retomou o seu papel de principal agente do governo nos programas sociais e no financiamento habitacional. No âmbito interno, houve a retomada do diálogo com as entidades sociais e sindicais e a valorização e respeito aos empregados”, disse o presidente da Fenae.
Takemoto sinaliza que os funcionários podem reagir a retrocessos: “Não vamos aceitar que a política do governo passado seja retomado, como o desmonte da empresa, das políticas públicas e também o retrocesso na gestão de pessoas”.
PREJUÍZOS SOB BOLSONARO
Ele também fez referência indireta aos prejuízos gerados pelo governo Bolsonaro.
“A experiência com uma gestão que causou grandes danos a empresa e aos empregados deixou muitas lições para as entidades e empregados: temos que enfrentar e denunciar os desmandos e abusos cometidos contra o patrimônio público e o desrespeito aos funcionários”, detalha.
Quando perguntado sobre qual forma de resistência é possível fazer, ele explica: “Isso se faz apostando na organização dos trabalhadores através das entidades sindicais e associativas”.
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