Por Brasil de Fato
A Frente Ampla, coalizão de esquerda do ex-presidente José Pepe Mujica (2010–2015), definiu neste domingo (30) o nome de Yamandú Orsi para disputar as eleições presidenciais que acontecem em outubro no país.
O ex-prefeito de Canelones obteve 60% dos votos, de acordo com dados do Tribunal Eleitoral com 97% dos circuitos apurados, e superou as estimativas das pesquisas, que lhe davam cerca de 55% dos votos, e superou Carolina Cosse, a segunda colocada com 37,5% dos votos.
Apoiado por Mujica durante sua campanha pelas internas do partido, Orsi acompanhou o ex-presidente na coletiva de imprensa em que este anunciou estar tratando de um tumor.
Também definiram suas candidaturas neste domingo a direita com o Partido Nacional, do atual presidente Luis Lacalle Pou, e a centro-direita com o Partido Colorado, com Álvaro Delgado e Andrés Ojeda respectivamente.
De acordo com um levantamento de maio do Instituto Cifra, a Frente Ampla tem 47% de apoio no pleito presidencial, contra 32% do Partido Nacional. A eleição presidencial será realizada em 27 de outubro. Na votação também serão definidas as vagas de 30 senadores e 99 deputados.
Uruguai: eleições internas
A coalizão de esquerda ultrapassou a marca dos 400 mil votos e reverteu a marca das duas últimas eleições internas, que registaram queda no comparecimento. Com 143.062 votos a mais do que em junho de 2019, quando se aproximou da marca de 260 mil votos, a coalizão de esquerda voltou ao patamar de votação obtido em 2004 e 2009, quando obteve 455.840 votos e 441.091 votos, respectivamente.
No total, 35,3% dos uruguaios elegíveis votaram, em uma instância que não é obrigatória. Na eleição anterior, em 30 de junho de 2019, cerca de 40% do eleitorado elegível compareceu, pouco mais de 1 milhão de uruguaios. Esse número representou um aumento em comparação com a eleição anterior, em 2014, quando 37% dos eleitores votaram, mas ainda não alcançou os números da instância anterior, em 2009, quando 44% dos cidadãos elegíveis foram votar.
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