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Justiça da Bolívia acusa 34 pessoas por envolvimento em tentativa de golpe de Estado

Presidente boliviano Luis Arce já havia sugerido participação de pelo menos 100 pessoas no episódio golpista
13/07/2024 | 05h00

Por Brasil de Fato

O promotor boliviano Franklin Alborta disse na quinta-feira (11) que 34 pessoas supostamente ligadas ao golpe fracassado contra o governo do presidente boliviano Luis Arce estão atualmente sob investigação, embora mais mandados de prisão, batidas e outras ações serão estendidas para determinar quem é o responsável.

“Ao mesmo tempo, estamos realizando buscas e colhendo depoimentos de testemunhas, porque temos alguns mandados de prisão, mas não vamos dizer quantos”, explicou.

Em discurso na quarta-feira (10), o presidente da Bolívia destacou que “há mais de 100 pessoas envolvidas em diferentes níveis, incluindo militares ativos e passivos e civis”.

Uma das 25 pessoas presas pelos eventos é Aníbal Aguilar, ex-assessor do Ministério da Defesa e identificado como o ideólogo por trás do golpe. O detido foi transferido na manhã de quinta-feira das celas da polícia para o Hospital Obrero, em La Paz, devido a complicações de saúde.

Tentativa de golpe começou na praça Murillo, em frente ao palácio do governo. (Foto: Agência Boliviana de Informações)

Também foi revelado que a Quarta Câmara Criminal do Tribunal Departamental de Justiça de La Paz revogou no último sábado a prisão domiciliar concedida anteriormente a Aguilar e ordenou sua transferência para a prisão de San Pedro, na cidade de La Paz, como medida preventiva, por um período de cinco meses.

Em 26 de junho, militares que respondiam ao ex-comandante do exército Juan José Zúñiga tomaram a Praça Murillo, realizando uma espécie de golpe de Estado que acabou sendo frustrado graças à reação do presidente Luis Arce e à mobilização dos cidadãos que enfrentaram os soldados.

Alba-TCP ratifica apoiao ao governo da Bolívia

A Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América-Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) ratificou na quarta-feira (10) seu apoio e compromisso com o governo e o presidente da Bolívia e denunciou que “no âmbito da guerra híbrida, uma feroz guerra midiática e de redes sociais, assédio sistemático, bloqueio econômico e várias formas de agressão política estão sendo implantadas, com o objetivo de desacreditar o governo do presidente Arce”.

Nesse sentido, a organização concordou em “orientar os embaixadores dos países membros da ALBA-TCP em todo o mundo a desenvolver uma campanha de informação e divulgação da verdade sobre o que está acontecendo no Estado Plurinacional da Bolívia e as ameaças que o ameaçam”.

Por isso, pediu que movimentos populares, povos indígenas, trabalhadores e estudantes “permaneçam vigilantes para informar ao mundo inteiro sobre os possíveis perigos” contra a ordem constitucional na Bolívia; ao mesmo tempo, reafirmou que “a ALBA-TCP continuará promovendo a defesa dos recursos estratégicos que existem em Nossa América contra as intenções vorazes de atores de fora da região”.

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