Ao menos 30 incêndios no Pantanal de Mato Grosso do Sul foram provocados por ação humana só neste ano, de acordo com agentes da Polícia Federal (PF) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Os focos voltaram a subir na região e na última segunda-feira (22), 61 pontos de calor foram registrados por satélites.
Peritos técnicos da PF e do Ibama, para identificar a ação humana, foram aos pontos de ignição, locais com temperatura mínima em que ocorre uma combustão, e podem se tornar incêndios. O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) tem 11 inquéritos abertos para apurar as autorias dos incêndios na região pantaneira.
Os responsáveis pelos incêndios podem responder criminalmente e ter que pagar pela recuperação das áreas. As informações coletadas pela PF e o Ibama serão encaminhadas ao MPMS.
Nos últimos três meses, mais de 794 mil hectares foram destruídos no Pantanal. A área completamente destruída representa um pouco mais de 5% de todo o território pantaneiro, de acordo com o programa BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Pantanal
Dos 30 locais apurados pela PF, 12 sobrepõe áreas de fazendeiros no Pantanal. Esses fazendeiros são investigados pelo Ministério Público por serem proprietários de imóveis rurais de onde começaram focos de incêndios que afetaram o bioma.
A causa dos incêndios ainda não foi identificada. Caso seja provado que houve incêndio intencional, os proprietários podem responder por crime ambiental.
Provocar incêndios em matas e florestas é uma infração e crime ambiental. Além da autuação, a pessoa pode ser multada e presa, cumprindo pena de mais de cinco anos de reclusão.
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