A Polícia Federal divulgou um levantamento em que conclui que a checagem por biometria poderia ter impedido mais da metade dos casos de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A PF analisou 245 operações sobre irregularidades no pagamento de benefícios do INSS de 2015 a 2022. Mais da metade, de acordo com o levantamento, poderia ter sido evitada com um controle mais rígido na identificação dos beneficiários.
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, em entrevista à TV Globo, afirmou que o prejuízo evitável pode chegar a R$ 1,2 bilhão por ano.
“Em 58% dessas operações policiais, se houvesse os dados biométricos coletados e um adequado cruzamento de dados com uma base biométrica estabelecida, esses prejuízos seriam evitáveis”, afirmou.
Fraudes
No relatório, a Polícia Federal propôs ao governo e analisa com a Previdência a criação de uma base nacional de dados biométricos. A ideia é que essa base centralize informações dos cidadãos que já estão disponíveis no sistema financeiro, na própria base do governo e na Justiça Federal.
Os dados seriam, então, utilizados pelo INSS para vitar fraudes no pagamento de benefícios. O órgão já usa o sistema de biometria do Tribunal Superior Eleitoral no processo de segurança.
Pente-fino no INSS
O governo está fazendo um pente-fino nos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e já cancelou mais de 37 mil e suspendeu mais de 20 mil entre janeiro e maio deste ano. As medidas evitaram o pagamento indevido de R$ 750 milhões.
A ideia do governo é conseguir uma economia de R$ 9,05 bilhões no pagamento de benefícios previdenciários neste ano para ficar dentro da meta orçamentária.
A checagem de dados revisa os benefícios por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) com mais de dois anos de concessão e os benefícios assistenciais (BPC idoso e BPC da pessoa com deficiência).
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