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Um estudo realizado por pesquisadores de Tóquio, no Japão, e publicado nesta quarta-feira (31) no periódico Scientific Reports revelou um novo modelo de inteligência artificial (IA) capaz de prever o risco de infertilidade masculina sem a necessidade da análise de sêmen.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 17,5% da população adulta sofre de infertilidade. Metade desse número é do público masculino.

Atualmente, a análise do sêmen é considerada essencial para o diagnóstico da condição, mas não está disponível em todas as instituições médicas. Pensando nisso, os pesquisadores da Universidade Toho, em Tóquio, desenvolveram um modelo de IA que prevê o risco de infertilidade masculina a partir dos níveis hormonais presentes em um exame de sangue.

A análise do sêmen é considerada essencial para o diagnóstico da condição. (Foto: SES-SC)

Infertilidade masculina

Para desenvolver o modelo de Inteligência Artificial, os pesquisadores usaram dados de 3.662 pacientes. A taxa de precisão foi de, aproximadamente, 74%. A ferramenta obteve 100% de precisão ao prever o risco de azoospermia não obstrutiva, a forma mais grave de infertilidade masculina.

Os participantes do estudo haviam passado por testes de sêmen e de hormônios para identificar infertilidade masculina entre 2011 e 2020.

A contagem total de espermatozoides móveis foi calculada a partir dos resultados do teste de sêmen. Em seguida, o modelo de IA foi validado usando dados de 2021 e 2022 para os quais testes de sêmen e hormônios estavam disponíveis.

De acordo com o estudo, com dados de 188 pacientes em 2021, a precisão foi de cerca de 58%, enquanto a precisão usando os dados de 166 pacientes em 2022 foi de cerca de 68%.

A azoospermia não obstrutiva, no entanto, pôde ser prevista com uma taxa de precisão de 100% em 2021 e 2022.

“Este modelo de predição de IA é destinado apenas como uma etapa de triagem primária antes do teste de sêmen e, embora não seja um substituto para o teste de sêmen, pode ser facilmente realizado em instalações diferentes daquelas especializadas em tratamento de infertilidade”, explica Hideyuki Kobayashi, professor associado do Departamento de Urologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Toho, e líder do estudo.

 

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