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Conheça os 10 principais golpes cometidos contra idosos

Grupo é principal alvo de fraudes. Tecnologias facilitam a proliferação de crimes
02/08/2024 | 05h00

Os idosos são os principais alvos de muitos golpes no Brasil, sobretudo com o acesso às tecnologias que facilitam a aplicação desses crimes. O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) listou os 10 principais golpes contra esse público.

Veja a lista:

1. Golpe do consignado

O golpe do consignado é o principal tipo de golpe contra pessoa idosa existente hoje no Brasil, com 57.824 queixas registradas pelos Procons do país no ano passado.

Nessa modalidade, os golpistas conseguem os dados da vítima pela internet ou até mesmo por vazamento de informações da Previdência Social e fazem empréstimos consignados no nome do aposentado.

As vítimas, geralmente, só percebem que caíram nesse golpe quando chegam os descontos do valor do empréstimo na conta em que recebem a aposentadoria ou pensão.

2. Golpe da aposentadoria

Algumas instituições financeiras, mesmo proibidas pela legislação de fazer publicidade para o público idoso, assediam livremente essas pessoas. Muitos idosos são vítimas de crédito não solicitado ou são induzidos a informar dados que confirmam as operações involuntárias.

Assim, o aposentado ou pensionista acaba pegando um empréstimo sem saber das regras, da taxa de juros, do valor do empréstimo e por quanto tempo vai ter que pagar. O ideal, segundo o Idec, é não responder ou falar com qualquer pessoa que ligar para você dizendo ser de um banco ou de instituição financeira.

3. Golpe do Meu INSS

O golpista, com dados roubados, acessam o aplicativo do Meu INSS e, a partir dele, fazem empréstimos dos mais variados no nome da vítima

Essa modalidade de golpe é similar ao do consignado. O golpista, com dados roubados, acessam o aplicativo do Meu INSS e, a partir dele, fazem empréstimos dos mais variados no nome da vítima. O crime também só é percebido muito depois.

4. Golpe com cartão de crédito

Muitos golpes envolvem o cartão de crédito. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Muitos golpes envolvem o cartão de crédito. Em um deles, a vítima recebe um SMS (mensagem de texto) ou até um WhatsApp com alertas de compras de valor alto ou de que o cartão foi clonado. A pessoa responde, informa alguns dados e o golpista pega essas informações e passa a usar o cartão da pessoa.

Outro golpe bem comum é o da clonagem do cartão de crédito. Ao passar o cartão em uma maquininha de determinada loja ou em uma compra na internet, os dados do cartão são roubados e os criminosos passam a utilizá-lo.

Há ainda golpes em que ao passar o cartão na maquininha fraudada ou com visor quebrado, seja por aproximação ou por inserção, o valor registrado é muito maior do que o dito pelo suposto “vendedor ou entregador” e não o valor que foi informado no ato da operação ou que aparece na tela da máquina.

Caso caia em golpe, é essencial entrar em contato com o banco e com a operadora do cartão através do canal do SAC e pedir para bloquear esse cartão. O cancelamento das compras também deve ser solicitado.

5. Golpe do WhatsApp
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Os golpistas em um outro número de celular, muda a foto, o nome e a descrição no WhatsApp para um parente da vítima

Nesse golpe, os golpistas em um outro número de celular, muda a foto, o nome e a descrição no WhatsApp para um parente da vítima. Finge ser a pessoa e pede um dinheiro urgente para ser pago por Pix. A vítima acredita ser o parente e acaba fazendo o depósito.

6. Golpe do falso sequestro

Nessa modalidade, o golpista liga ou manda uma mensagem de WhatsApp para a vítima e finge ser um parente que foi sequestrado. Assim, é solicitado um valor para o resgate.

O Idec recomenda que jamais se faça qualquer depósito ou transferência sem ter certeza. Se algum “sequestrador” entrar em contato com você, desligue o telefone e fale com a polícia. Tente entrar em contato com o seu parente e, caso ele não atenda o telefone de imediato, não se desespere. Tente de novo mais tarde.

7. Golpe do delivery

Nesse crime, o golpista vai até a sua casa, fala que você recebeu determinado presente por algum motivo e diz que você só deve pagar a entrega. O problema é que esse pagamento deve ser feito pelo cartão de crédito. Ao pagar, a máquina está fraudada e passa um valor muito maior do que o dito pelo suposto entregador.

8. Golpe da compra pela internet

Muitos golpistas se aproveitam de compras pela internet para aplicar golpes. Só compre em lojas na internet que sejam extremamente confiáveis. Se tiver dúvida, pergunte para algum parente que possa te ajudar. Jamais faça compras em sites que não são conhecidos. Eles podem clonar o seu cartão, pegar os seus dados e fazer empréstimos, receber o seu Pix e sumir com o dinheiro, entre outros golpes.

9. Golpe do falso atendente de banco

Nesse golpe, uma pessoa liga fingindo ser um atendente de banco, fala alguns dados da vítima, é super educada, conversa de forma muito técnica e, ao ganhar confiança da pessoa, começa a pedir para confirmar algumas informações.

Nisso, a vítima passa alguns dados que são essenciais para o golpista roubar o dinheiro no banco. Em alguns casos, como no golpe do acesso remoto, o criminoso fala para a pessoa baixar um aplicativo ou clicar em um link. É o que ele precisa para acessar o aplicativo do seu banco e fazer a limpa por lá.

10. Fraude do seguro e da tarifa de banco

Ao conquistar a lealdade e a confiança de idos, gerente de banco ou atendentes oferecem determinados seguros ou tarifas a mais em troca de “benefícios”. Muitas vezes esses benefícios não existem, são falsos.

Em outras situações, o banco começa a te cobrar por tarifas e seguros que você sequer contratou e você só vai notar quando for conferir o seu extrato. Em ambas as situações, o banco está cometendo uma fraude.

Confira dicas do Idec caso seja vítima dos golpes contra pessoas idosas:

  • Guarde todos os documentos que tiver que provem que foi vítima de um golpe (por exemplo: comprovante de transferência bancária, registro de chamada telefônica do fraudador, entre outros).
  • Entre em contato com o banco, financeira, INSS ou a determinada instituição que houve a prática do golpe. Peça a restituição do valor e o número de protocolo de atendimento. Guarde esse número.
  • Se não pagarem e devolverem o valor que você perdeu, utilize o número de protocolo para fazer uma denúncia no Procon ou no site consumidor.gov.br.
  • Faça também um boletim de ocorrência e explique tudo o que aconteceu.
  • A instituição tem um tempo para poder te responder, depois que você fizer a denúncia no Procon e no consumidor.gov.br.
  • Se mesmo após a denúncia, a instituição não te devolver o dinheiro. Entre na Justiça!

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