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Assembleia Geral da ONU pede mais uma vez fim do embargo econômico a Cuba

Por ampla maioria — 187 votos a favor —, resolução teve duas rejeições, de Estados Unidos e Israel. Ucrânia novamente se absteve e Brasil votou a favor. Restrição existe desde 1962
02/11/2023 | 17h00

A Assembleia Geral da ONU aprovou hoje, por ampla maioria, uma resolução pelo fim do embargo econômico norte-americano a Cuba. Foram 187 votos a favor, dois contra e uma abstenção. Votaram contra, como era esperado, Estados Unidos e Israel — a Ucrânia se absteve.

A resolução A/78/L5 foi apresentada pelo ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla, na última terça-feira. Intitulado ‘Necessidade de acabar com o embargo econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba’, o texto pede o fim do embargo econômico que perdura desde 1962.

De acordo com Parrilla, o bloqueio priva a indústria agrícola de fundos para comprar ração animal, equipamentos industriais e outras necessidades para a produção de alimentos. “As famílias carecem de bens, existem longas filas, preços excessivamente elevados e o governo faz grandes esforços para alimentar a sua população”, argumentou.

O ministro afirmou ainda que Cuba está impedida de comprar de empresas norte-americanas e suas subsidiárias em outros países, dificultando o acesso a tecnologias, dispositivos médicos e produtos farmacêuticos, entre outros itens. “Somos forçados a adquiri-los a preços exorbitantes”, reclamou Parrilla.

O embaixador do Brasil na ONU, Sérgio Danese, afirmou que as únicas sanções legítimas são do Conselho de Segurança e acrescentou que “a rejeição ao embargo é praticamente um consenso internacional”.

“Intensificar as relações econômicas com Cuba é o caminho correto que todos os países interessados ​​em apoiar o desenvolvimento da ilha e melhorar as condições de vida de milhões de cidadãos cubanos devem seguir”, disse Danese.

Os Estados Unidos argumentaram que não aprovaram a resolução porque as sanções são “um conjunto de ferramentas” de encorajar Cuba a promover a democracia, o respeito pelos direitos humanos e liberdades fundamentais.

 

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