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Meio Ambiente

Devido a queimadas, Manaus registra 14 dias com péssima qualidade do ar

Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva) aponta índice de até 121.5 MP2.5 (partículas finas ou respiráveis). Segundo Organização Mundial de Saúde (OMS), índice é bom e satisfatório quando está em até 50 MP2.5
03/11/2023 | 17h13

Manaus registra 14 dias de qualidade do ar considerada péssima. O levantamento foi feito hoje pelo Portal A Crítica, do Amazonas, com base nos dados da plataforma AQI, e aponta a capital do Amazonas como a pior das Américas. A causa são os focos de queimadas.

Nos dias 5, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 26, 27, 29 e 30 de outubro e nos três primeiros dias de novembro, a população de Manaus tem respirarado ar poluído por fumaça. Origem são queimadas, principalmente no estado vizinho Pará.

Hoje, o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva) apontou que a qualidade do ar nas zonas Centro-Oeste e Sul de Manaus são consideradas péssimas, com índices de 109.4 MP2.5 e 121.5 MP2.5 (partículas finas ou respiráveis), respectivamente.

Segundo a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), a qualidade do ar é considerada boa e satisfatória quando está em até 50 MP2.5. Neste caso, há pouco ou nenhum risco para a saúde humana.

Já as demais áreas de Manaus, como a Leste, Norte e Oeste estão com a qualidade do ar muito ruim, com índices de 101.5 MP2.5, 92.6 MP2.5 e 88.5 MP2.5, respectivamente. O Centro da capital, na zona Centro-Sul, está com índices também ruim (105.3).

QUEIMADAS

De acordo com a plataforma Windy, que monitora em tempo real os focos de queimadas, o Estado do Pará concentra grande parte dos incêndios e as correntes de ar transportam toda fumaça para o Amazonas.

Dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam que, entre os dias 1º e 31 de outubro, o Pará registrou 11.150 mil focos de queimadas, 49% a mais do que no mesmo período de 2022, quando foram registrados 7.469 mil.

Cidades paraenses como Portel, Uruará, Pacajá, Altamira e São Félix do Xingu são os municípios com mais registros de queimadas. No Amazonas, entre 1º e 31 de outubro, foram registrados 3.799 mil focos de queimadas. No mesmo período do ano passado, foram 612 focos — aumento percentual de 520%.

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