Um estudo publicado no Journal of the American Heart Association revelou que estresse relacionado ao trabalho e a insatisfação profissional podem aumentar o risco de fibrilação atrial, um tipo de arritmia cardíaca. A fibrilação atrial atinge de 2 a 4% da população mundial.
Esse tipo de arritmia cardíaca tem sintomas como palpitações, fraqueza, falta de ar e dor no peito e pode levar a um acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca e outras complicações cardiovasculares.
“Nosso estudo sugere que estressores relacionados ao trabalho podem ser fatores relevantes a serem incluídos em estratégias preventivas”, afirma Xavier Trudel, epidemiologista ocupacional e cardiovascular e professor associado da Universidade Laval, em Quebec, no Canadá, em comunicado à imprensa.
Estudo

Funcionários que perceberam um desequilíbrio entre esforço-recompensa tiveram um risco 44% maior, em comparação com aqueles que não relataram esse desequilíbrio. (Foto: Reprodução)
Os pesquisadores, no estudo, analisaram o impacto da tensão no trabalho. Também foi analisado o desequilíbrio esforço-recompensa, quando os funcionários investem esforços significativos em seu trabalho, mas recebem salário, reconhecimento ou segurança no cargo de forma “insuficiente” ou “desigual”.
Os pesquisadores descobriram que funcionários com alto estresse no trabalho tiveram um risco 83% maior de desenvolver fibrilação atrial, em comparação com trabalhadores não afetados pelo estresse.
Além disso, funcionários que perceberam um desequilíbrio entre esforço-recompensa tiveram um risco 44% maior, em comparação com aqueles que não relataram esse desequilíbrio.
Pessoas com ambos fatores estressores tiveram um risco 97% maior de fibrilação atrial, em comparação com os trabalhadores não afetados pelo estresse.
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