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O primeiro-ministro português, o socialista António Costa, apresentou nesta terça-feira (7) sua demissão ao presidente da República, que a aceitou, em meio a um escândalo relacionado com negócios de lítio e hidrogênio no país.

“As funções de primeiro-ministro não são compatíveis com qualquer suspeita da minha integridade. Nestas circunstâncias, apresentei minha demissão ao presidente da República”, declarou à imprensa.

O presidente atual de Portugal é o conservador Marcelo Rebelo de Sousa.

Pouco depois, o gabinete do presidente anunciou que Rebelo de Sousa “aceitou” o pedido de demissão e que convocou para quarta-feira uma reunião dos partidos com representação parlamentar para organizar eleições antecipadas.

A investigação que atinge Costa, um dos poucos socialistas à frente de um governo na Europa, está relacionada com suspeitas de “malversação, corrupção ativa e passiva de funcionários públicos e tráfico de influência”, na atribuição de concessões de minas de lítio e de produção de hidrogênio.

Nesta terça-feira, o Ministério Público português fez uma operação de busca em vários ministérios e no gabinete do primeiro-ministro, e anunciou a acusação do ministro de Infraestrutura, João Galamba.

O nome de António Costa foi “mencionado pelos suspeitos”, disse o MP em um comunicado, acrescentando que o primeiro-ministro teria intercedido “para agilizar trâmites”.

A Justiça informou que essas acusações serão examinadas em uma investigação independente.

Costa disse estar “surpreso” com a abertura dessa investigação.

Informações da AFP

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