A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, confirmou durante uma reunião no Palácio do Planalto, no início da tarde desta sexta-feira (6), que sofreu episódios de assédio sexual do ministro dos Direitos Humanos (MDH), Silvio Almeida. A reunião deve selar a saída de Almeida do governo Lula.
Anielle relatou aos ministros que, em uma ocasião, em 2023, Almeida passou a mão entre suas pernas por baixo da mesa enquanto a reunião acontecia.
No encontro, participaram os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça), Cida Gonçalves (Mulheres), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), Vinicius Carvalho (CGU), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Paulo Pimenta (Comunicação) e Jorge Messias (AGU).
Desde a noite de quinta-feira (5), quando o portal Metrópoles revelou que a organização Me Too Brasil, que oferece acolhimento a vítimas de violência sexual, recebeu denúncias de assédio sexual contra Almeida, o ministro está sendo aconselhado a deixar o cargo. No entanto, Almeida está resistindo a ideia e fez vários ofícios para diferentes instâncias para pedir investigações. Ele nega as acusações.
Segundo o Me Too, as denunciantes receberam acolhimento psicológico e jurídico. A nota da ONG argumenta que “como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentaram dificuldades em obter apoio institucional pra a validação de suas denúncias”. Por isso, deram autorização para confirmar o caso à imprensa.
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