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Por Vitor d’Avila — Tempo Real

A cadeirada de José Luiz Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB) e a agressão do videomaker de Marçal, Nahuel Medina, ao marqueteiro de Ricardo Nunes (MDB), Duda Lima, tornaram a campanha à Prefeitura de São Paulo a mais violenta de todos os tempos. Contudo, no que depender do juiz Carlos André Lahmeyer Duval, da 102ª Zona Eleitoral de Carmo, isto não se repetirá no município da região serrana fluminense.

O magistrado multou em R$ 5 mil o candidato a vereador Ary Martins Rodrigues (PL) por compartilhar uma montagem do atual vice-prefeito e candidato à prefeitura, Samuel do Romão (PSD), segurando um saco de dinheiro e uma garrafa com a logomarca da concessionária Rio+, o que seria uma insinuação de que Samuel teria recebido propina da empresa.

Duval reconheceu que a medida configura irregularidade e, além da multa, manteve liminar que ordenou a remoção da postagem. O fato curioso é que o magistrado citou os recentes episódios violentos na capital paulista para justificar que não se pode acusar adversários de fatos graves, sem provas, “sob o manto da liberdade de expressão”.

Trecho da decisão em que juiz cita campanha violenta em São Paulo (Foto: Reprodução)

A cadeirada: Carmo não é São Paulo

“Permitir ou ser conivente com tais práticas traz o risco da campanha municipal de Carmo tornar-se igual à campanha na cidade de São Paulo, onde recentes episódios de cadeiradas e agressões físicas e verbais entre os candidatos constituem a mais horripilante campanha eleitoral de que se tem notícia. Carmo não é São Paulo e este Juízo não vai permitir que fique sequer parecida”, escreveu.

Além da multa, o magistrado determinou que a 112ª DP (Carmo) instaure inquérito para apurar os fatos.

 

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