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Wal do Açaí, ex-assessora de Bolsonaro, é agredida e chamada de traidora em comício no RJ

Agressão aconteceu em evento de campanha do candidato a prefeito Claudio Ferreti, em Angra dos Reis
29/09/2024 | 08h40

A ex-assessora de Jair Bolsonaro, Walderice Santos da Conceição, conhecida como Wal do Açaí, foi agredida durante um evento de campanha do candidato a prefeito Claudio Ferreti, em Angra dos Reis. Após a agressão, ela foi levada ao Complexo de Saúde no Parque Mambucaba, no município da Costa Verde.

Testemunhas relataram que Wal foi chamada de “traidora” antes de ser atacada, por ter escolhido apoiar o candidato do MDB em vez de Renato Aráujo, do PL, que conta com o apoio da família Bolsonaro.

A deputada estadual Célia Jordão (PL-RJ), que também apoia Ferreti, estava presente no evento e acompanhou Wal até a unidade de saúde. Em um vídeo, a deputada aparece consolando Wal e condenando o ato de violência.

“Esse é o tipo de extremismo que não podemos aceitar. Vivemos em uma democracia. A Wal escolheu o número 15 (do MDB), mas ninguém é mais bolsonarista de coração do que ela. Fico muito triste em ver uma mulher sendo agredida pelas costas e chamada de traidora. Como deputada estadual e mulher, considero isso inaceitável”,  afirmou Célia Jordão.

Wal do Açaí entre Carlos e Jair Bolsonaro

Claudio Ferreti também se manifestou nas redes sociais, lamentando o incidente:

“Fico muito triste com o que aconteceu com a Wal do Açaí, que foi covardemente agredida pelas costas. Campanha política não é espaço para radicalismo, violência ou agressão”, afirmou.

Wal foi acusada de ser funcionária fantasma

Wal foi acusada pelo Ministério Público Federal (MPF), juntamente com Bolsonaro, de ter sido funcionária fantasma no gabinete do ex-presidente entre 2003 e 2018, período em que ele era deputado federal. Embora oficialmente lotada em Brasília, Wal declarou ao MPF, em 2018, que “nunca esteve na capital”.

Moradora de Angra dos Reis, ela ficou conhecida como Wal do Açaí por seu comércio local de açaí. Em março de 2022, o MPF apresentou uma ação de improbidade administrativa contra Bolsonaro e Wal, acusando-os de desviar recursos públicos por meio de sua nomeação como funcionária fantasma.

Quando Bolsonaro assumiu a presidência, a Advocacia-Geral da União (AGU) passou a defender Wal. Ela foi a única funcionária comissionada da Câmara dos Deputados a ser representada pela AGU nos últimos oito anos.

 

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