A saída dos 34 brasileiros que atualmente estão em Rafah, no Sul da Faixa de Gaza, depende da passagem de um comboio de ambulâncias com feridos. A informação é do embaixador do Brasil na Palestina, Alexandre Candeas.
“Seguimos monitorando a possibilidade de reabertura da fronteira. O pré-requisito para isso é a passagem do comboio de ambulâncias”, informou Candeas.
De acordo com o embaixador, até o momento, não há perspectiva para o deslocamento desses veículos. “Há hospitais cercados e atacados, sem possibilidade de transferência de feridos do Norte para o Sul da Faixa de Gaza”, disse.
“Nessas condições, ainda não há possibilidade de evacuação de estrangeiros pela passagem de Rafah”, acrescentou Candeas.
Após deixarem Rafah, o grupo de brasileiros seguirá até o aeroporto de Al Arish, no Egito, onde já está um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). A cidade que fica a 53 quilômetros da fronteira.
Das 34 pessoas que aguardam repatriação, 24 são brasileiras e 7 são palestinas com Registro Nacional Migratório (RNM). Outros três integrantes são palestinos. O grupo é formado por 18 crianças, 10 mulheres e seis homens.
No Brasil, o governo federal já tem preparada uma operação de acolhimento para grupo que virá de Gaza. De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, os brasileiros ficarão, em um primeiro momento, em Brasília.
Na capital da República, os brasileiros receberão atendimento médico, alimentação, descanso e ajustes de documentação. Em seguida, eles serão deslocados para o interior de São Paulo.
Relacionados
Papa Francisco pediu fim da violência em Gaza em artigo de opinião póstumo
Pontífice reiterou apoio à solução de dois Estados para o conflito na Palestina em artigo publicado na revista The Parliament
Presidente da Colômbia pede reflexão sobre genocídio dos palestinos em curso na Páscoa
Ataques aéreos israelenses atingiram cerca de 40 alvos em Gaza no último dia, sendo a maioria crianças e em campos de deslocados
Corrente de solidariedade tenta tirar Assmaa dos bombardeios de Gaza: ‘Não aguento mais’
Ela viveu no Brasil dos 4 aos 18 anos. Sobre o massacre em Gaza, questiona: “O que o mundo ainda está esperando?”
