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Câmera corporal filma PM matando homem em São Paulo

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o homem assassinado estava em surto psicótico
17/10/2024 | 17h16

Um vídeo da câmera corporal de um policial militar mostra o momento em que um agente atira contra um homem que corre na direção dele segurando uma marreta. O caso ocorreu no último domingo (13), na região da Cidade Ademar, zona sul da cidade de São Paulo.

O policial diz que agiu em legítima defesa. Nas imagens, é possível ver que ele pede que o homem, que carrega uma marreta, se afaste dele. Em seguida, o suspeito continua caminhando em direção ao policial, que reage e atira.

O homem, identificado apenas como Maciel, chegou ser socorrido, mas morreu no hospital, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo.

Vídeo publicado pelo UOL no Youtube mostra que o PM atira duas vezes no peito do homem. De acordo com a SSP, o homem estava em surto psicótico.

Conduta do PM será investigada

O caso foi registrado como morte decorrente de intervenção policial e resistência. A morte será investigada no DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa). A conduta do PM também será investigada por meio de um inquérito policial militar.

Em nota, a SSP disse que o homem resistiu à abordagem policial. “Partiu para cima de um dos agentes na posse de uma marreta. Houve intervenção e o homem foi atingido. Ele foi socorrido ao hospital, mas não resistiu”. A marreta foi apreendida e a perícia acionada. “As investigações prosseguem, incluindo a análise de imagens, para esclarecer os fatos”, segundo nota enviada pela secretaria.

O ouvidor da polícia de São Paulo, Cláudio Aparecido Silva, criticou a abordagem.

“A imagem é uma triste, mas enfática confirmação de uma doutrina de segurança pública que trabalha com a orientação da letalidade. Se fosse adotado um procedimento não-letal neste caso, como, por exemplo, o uso de tonfa [cassetete] ou mesmo taser, o resultado seria claramente outro. É preciso garantir a segurança dos agentes, mas nunca ao preço de vidas que poderiam ser poupadas”, disse.

O nome do homem morto não foi divulgado. Por isso, a reportagem não conseguiu contato com os seus familiares.

 

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