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RJ bate recorde histórico com um caso de golpe a cada 3,5 minutos em 2024

Foram mais de 100 mil golpes em 9 meses, o maior número desde 2003
23/10/2024 | 09h26

O Instituto de Segurança Pública (ISP) apontou que o estado do Rio de Janeiro bateu o recorde de estelionatos em 2024, no período de janeiro a setembro. Foram mais de 100 mil golpes em 9 meses, o maior número desde 2003.

Pelo menos 109.887 casos de estelionato foram registrados na polícia este ano, o equivalente a um golpe a cada 3,5 minutos e 25% de aumento em relação ao ano anterior. A maior parte se concentrou na região metropolitana do Rio.

Os registros de extorsões ficaram em 2.367 nos primeiros nove meses do ano, contra 2.368 do ano passado.

Golpes podem estar ligados a facção ‘Povo de Israel’

O alto número de golpes pode estar relacionado, em parte, à atuação da facção criminosa “Povo de Israel”, quadrilha que se concentra dentro dos presídios e se dedica a golpes por telefone. Alvo da Polícia Civil do RJ na última terça-feira (22), o grupo movimentou quase R$ 70 milhões entre janeiro de 2022 e maio deste ano com golpes.

Os golpes são:

  • Falso sequestro: de dentro de uma cela, o preso liga para números aleatórios e finge ser um parente mantido refém por bandidos. Quando a vítima morde a isca, outro detento assume a chamada e passa a exigir um resgate.
  • Falsa taxa: os encarcerados ligam para estabelecimentos comerciais e se passam por traficantes da região. Falam que há dívidas e ameaçam o lojista com supostas retaliações.

O Povo de Israel (PVI) surgiu há 20 anos e hoje influencia 18 mil detentos em 13 unidades prisionais, sendo 42% do efetivo prisional. Eles criaram uma indústria de extorsões. A base da facção é o Presídio Nelson Hungria, que fica dentro do Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Povo de Israel (PVI) influencia 18 mil detentos em 13 unidades prisionais, sendo 42% do efetivo prisional. (Foto: Reprodução)

Sequestros relâmpagos aumentam

Os dados do Instituto de Segurança Pública apontam que enquanto o crime de estelionato sofre uma escalada, o de sequestros relâmpagos também subiu consideravelmente. Foram 119 casos em 9 meses, um aumento de 40% em relação a 2023.

 

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