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Presidente, vice e diretor da torcida organizada Mancha Verde são procurados pela polícia em São paulo

Suspeitos pelo ataque aos torcedores do Cruzeiro são considerados foragidos pela polícia
31/10/2024 | 12h41

Após ser decretada na última quarta-feira (30) a prisão temporária de 30 dias para o presidente, o vice-presidente, um diretor e mais três membros do Mancha Alviverde — principal torcida organizada do Palmeiras –, a polícia de São Paulo realizou na quinta-feira (31) uma busca para encontrar os seis palmeirenses foragidos.

A sentença foi dada devido a uma emboscada realizada, no último domingo (27), por palmeirenses contra dois ônibus que levavam torcedores da Máfia Azul — torcida organizada do Cruzeiro — para Minas Gerais, da qual os foragidos são suspeitos de terem participado. Durante o ataque, um cruzeirense morreu e outros 17 foram feridos. Os veículos também foram vandalizados.

O pedido de prisão foi feito pela Polícia Civil e pelo Ministério Público (MP), além da determinação da Justiça, do cumprimento de mandados de busca e apreensão, constando entre os endereços, a seda da organizada. Até o momento, nenhum dos suspeitos foram localizados, e são considerados foragidos da Justiça.

Os procurados são:

  • Jorge Luiz Sampaio Santos, presidente da Mancha Alviverde.
  • Felipe Mattos dos Santos, o “Fezinho”, vice-presidente da Mancha Alviverde.
  • Leandro Gomes dos Santos, o “Leandrinho”, diretor da Mancha Alviverde.
  • Henrique Moreira Lelis, o “Ditão Mancha”, membro da Mancha Alviverde.
  • Aurélio Andrade de Lima, membro da Mancha Alviverde.
  • Neilo Ferreira e Silva, o “Lagartixa”, professor de artes marciais (boxe e muai thai) e membro da Mancha Alviverde.

Os palmeirenses que tiveram as prisões decretadas: Jorge Santos, Leandro Santos; Aurélio Lima; Felipe Santos, Henrique Lelis e Neilo Silva (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)

A Drade (Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva), que investiga o caso, conseguiu identificar oitos pessoas ligadas ao Mancha Verde que participaram do ataque aos cruzeirenses. As autoridades seguem investigando o vídeo da emboscada que circulam na internet e filmagens de câmeras de segurança para identificar mais agressores.

O ataque foi registrado na delegacia de Mairiporã, cidade do interior de São Paulo onde ocorreu a emboscada como homicídio, incêndio, associação criminosa, lesão corporal e tumulto com violência.

A promotoria investiga a ação de torcidas que agem como “facções criminosas”. Segundo ela, a emboscada dos palmeirenses aos cruzeirenses demonstra escárnio com o poder público e com a sociedade e a audácia da ação planejada e executada à luz do dia.

Mancha Verde proibida de ir a estádios

A organizada palmeirense tentou se isentar, alegando que não tinha vínculo com os fatos. Apesar disso, a Federação Paulista de Futebol (FPF) divulgou na quarta-feira (30) que irá seguir a recomendação do MP que proíbe presença da Mancha Alviverde ou de torcedores com seus uniformes e bandeiras em estádios de futebol no estado de São Paulo.

Em suas páginas oficiais, a direção da Mancha Verde negou ter organizado, participado ou incentivado qualquer ação relacionada a emboscada contra os cruzeirenses. A torcida lamentou o ocorrido, e disse que repudia com veemência a violência.

A Máfia Azul também se manifestou pela suas redes sociais, repudiando o ataque e lamentando o ocorrido.

O ataque

A polícia investiga a motivação por trás da emboscada. Uma das hipóteses investigadas é que o ataque seja uma vingança por uma briga ocorrida em 29 de setembro de 2022, quando integrantes da Máfia Azul atacaram membros da Mancha Verde. Na ocasião, quatro pessoas foram baleadas e outras dez feridas, entre elas o presidente Jorge Santos.

Na emboscada de domingo (27), a polícia apreendeu 12 barras de ferro, dois pedaços de madeira, cinco rojões e duas bolas de sinuca, que foram usados durante o ataque.

 

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