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Força-tarefa afasta 8 PMs investigados por envolvimento em escolta de empresário morto

Corregedoria da Polícia Militar já ouviu agentes sobre participação na segurança de Antonio Vinicius Lopes Gritzbach
12/11/2024 | 12h12
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Por Francisco Lima Neto

(Folhapress) – A força-tarefa criada pela SSP (Secretaria da Segurança Pública) para investigar a morte do empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, 38 — assassinado na área de desembarque do aeroporto Internacional de Guarulhos, na sexta-feira (8) — determinou o afastamento de oito policiais militares que são investigados pela Corregedoria da instituição.

Um inquérito policial militar instaurado pela Corregedoria da PM há mais de um mês apura o envolvimento dos agentes na escolta do empresário.

O documento, confirmando o afastamento de todos os militares, foi assinado pelo coronel Fábio Sérgio do Amaral, chefe da Corregedoria da PM e integrante da força-tarefa.

O empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, que foi assassinado em Guarulhos (SP) (Foto: Divulgação)

“Os agentes já foram chamados pela Corregedoria da PM para prestar esclarecimentos no inquérito militar que apura o envolvimento do grupo na escolta do homem assassinado, atividade que fere o regulamento disciplinar da instituição. Os celulares de todos os policiais que estavam no dia do crime foram apreendidos e passam por análise”, afirmou a SSP.

A Corregedoria da Polícia Civil também acompanha os policiais civis que foram citados no acordo de colaboração firmado pelo Ministério Público. Parte dos documentos foi encaminhada à instituição, que deu início em outubro a uma apuração sigilosa, com providências administrativas preliminares para individualização das condutas.

“Para que possamos fazer um afastamento, pela lei orgânica, é necessário um procedimento administrativo disciplinar que não paire dúvidas sobre autoria e materialidade. É isso que estamos buscando via inquérito para reunir o maior número de provas”, explicou o delegado-geral, Artur Dian. A Corregedoria busca, a partir das informações, elementos concretos que vão embasar o inquérito que investiga os agentes.

Força-tarefa

A força-tarefa que acompanha as investigações do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) foi criada na segunda-feira (11) por meio de uma resolução publicada no Diário Oficial do Estado por determinação do secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.

“Nós criamos essa força-tarefa para dar uma resposta a esse caso o mais rápido possível. O objetivo de todas as forças de segurança é identificar, qualificar e prender os criminosos envolvidos nesse crime”, afirmou o chefe da pasta.

O grupo é coordenado pelo secretário-executivo da SSP, delegado Osvaldo Nico Gonçalves. Além dele, participam o delegado Caetano Paulo Filho, do Departamento de Inteligência da Polícia Civil, a delegada do DHPP, Ivalda Aleixo, o coronel Pedro Luís de Souza Lopes, chefe do Centro de Inteligência da PM, o coronel Fábio Sérgio do Amaral, da Corregedoria da PM, e a perita criminal Karin Kawakami de Vicente.

Integrantes do Ministério Público e da Polícia Federal também acompanham os trabalhos. Eles foram convidados para participar das investigações por meio do compartilhamento de informações.

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