Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, conhecido como “Tiü França”, ou, o autor das explosões na praça dos Três Poderes da última quarta-feira (13), havia sido preso e condenado em 2012, por lesão corporal, segundo o delegado-geral de Santa Catarina, Ulisses Gabriel.
Apesar da prisão em flagrante, a condenação veio só em 2014. Ele foi sentenciado a cumprir 2 meses e 29 dias de detenção em regime aberto. No Tribunal de Justiça do Estado, consta que ele já havia cumprido a sentença.
Tiü França havia sido detido em 12 de dezembro de 2012 e ficou preso no Presídio de Rio do Sul, segundo os dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Além desse processo, de acordo com o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), o homem também possuía outros quatro processos por dívida ativa.
Francisco Wanderley, que morreu com a detonação dos próprios explosivos, era de Rio do Sul, município catarinense pelo qual havia se candidatado vereador em 2020, pelo PL. Tiü França não conseguiu uma cadeira na Câmara, contudo manteve seus registros de filiação no partido regulados, apesar de não muito atuante.
Francisco Wanderley foi preso em 2012
A esposa de Francisco disse à Polícia Federal que seu marido tinha o objetivo de assassinar o ministro Alexandre de Moraes “e quem mais estivesse junto”. Ela ainda relatou que Tiü França havia pesquisado no Google meios de executar o ataque.
Francisco era bolsonarista e fazia parte de grupos de extrema-direita. Segundos as investigações da Polícia Federal (PF), o homem havia participado dos acampamentos em frente aos quartéis, organizados por grupos de apoiadores de Jair Bolsonaro, depois de sua derrota nas urnas para Lula em 2022.
O autor do atentado também já havia publicado diversas ameaças a ministros do STF, políticos e outras figuras públicas nas redes sociais, tendo inclusive anunciado que cometeria o crime. No Facebook, Francisco Wanderley disse em comentário que teria um “grande acontecimento” no dia 13 de novembro.
“Vamos jogar??? Polícia Federal (PF), vocês têm 72 horas para desarmar a bomba que está na casa dos comunistas de merda”, diz um dos textos reproduzidos em prints de mensagens de WhatsApp enviadas para ele mesmo.
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