Por Artur Búrigo
(Folhapress) — A casa em Rio do Sul (SC) na qual morava Francisco Wanderley Luiz, o “França”, autor do atentado na praça dos Três Poderes, amanheceu queimada na manhã deste domingo (17).
A suspeita de ter provocado o incêndio é Daiane Dias, ex-companheira dele, que foi vista por testemunhas ateando gasolina também no próprio corpo, disse à Folha a delegada Elisabete Prado. Ela não caracterizou o ato como tentativa de suicídio ao dizer que a apuração está em fase preliminar.
O Corpo de Bombeiros de Santa Catarina afirmou que a mulher que estava na casa foi retirada do interior da residência por vizinhos e apresentava queimaduras de 1º, 2º; e 3º; graus em 100% do corpo.
Ela foi atendida, estabilizada e conduzida ao pronto-socorro do hospital regional em Rio do Sul. Procurada, a instituição informou que não está autorizada a compartilhar o estado de saúde da paciente.
A corporação disse que, ao chegar ao local, o incêndio já havia tomado parcialmente a residência de 50 metros quadrados.
Daiane morava na casa
A moradora da casa era Daiane, a segunda ex-companheira de França. Em depoimento à Polícia Federal na quinta (14), disse que o plano de França era matar o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Nos últimos meses, o autor do atentado em Brasília tinha decidido trabalhar com um dos seus filhos em Barra Velha (SC), em um negócio envolvendo consertos de elevadores, e não foi visto mais na vizinhança de Rio do Sul.
Daiane e França tiveram uma separação tumultuada, disse à Folha a primeira mulher dele, a cuidadora Margarete Versino, de 57 anos, que se casou com autor do atentado no final da década de 1980.
Versino, que viveu junto de França por 17 anos, com quem teve dois filhos, também disse que a família contesta o relato de que o homem tinha como objetivo matar Moraes.
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