O presidente Lula (PT) comentou, pela primeira vez, em um evento público nesta quinta-feira (21), sobre o plano arquitetado por militares, revelado pela Polícia Federal (PF), para dar um golpe de Estado em 2022.
O plano envolvia assassinar, por tiro ou veneno, a chapa vencedora (Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin) e o ministro Alexandre de Moraes.
“Eu sou um cara que tenho que agradecer agora, muito mais, porque eu tô vivo. A tentativa de envenenar eu e Alckmin não deu certo, nós estamos aqui”, disse Lula durante o evento para divulgar planos do governo federal para a concessão de rodovias ao setor privado.
Lula
Após essa fala, Lula ainda voltou, em outro momento, a tratar do plano de envenenamento. O presidente afirmou que não quer “perseguir ninguém”. “Nós atingimos aquilo que queríamos atingir, de trazer o Brasil de volta à normalidade, à civilidade em apenas 1 ano e 9 meses de governo”, disse.
“E eu não quero envenenar ninguém. A única coisa que eu quero é, quando terminar o meu mandato que a gente desmoralize, com números, aqueles que governaram antes de nós”, completou o presidente.
Lula disse, ainda, que o que quer, ao final do mandato, é “medir com números quem fez mais escolas, cuidou dos pobres, fez estradas e pontes, e mais pagou salário mínimo”.
“É isso que eu quero medir porque é isso que conta no resultado da governança”, afirmou.
Operação Contragolpe
A Polícia Federal deflagrou, na última terça-feira (19), a operação Contragolpe contra a organização criminosa que teria planejado um golpe de Estado após as eleições de 2022. O objetivo dos golpistas era impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e restringir a atuação do Poder Judiciário, sobretudo do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Havia, de acordo com a PF, um “detalhado planejamento operacional, denominado ‘Punhal Verde e Amarelo’, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022” para matar os já eleitos presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
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