Os mercados mundiais operam com queda generalizada, nesta manhã de terça-feira (26), enquanto os investidores aguardam a ata da última reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense) e avaliam as ameaças do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa adicional de 10% sobre todos os produtos chineses importados e uma tarifa de 25% sobre produtos do México e Canadá, encerrando o acordo regional de livre comércio.
O republicano nem assumiu a presidência dos EUA (a posse está marcada para 20 de janeiro) e já começa a dizer ao que veio. Ele afirmou que vai taxar em 25% todos os produtos do México e do Canadá que entrarem no país.
As tarifas, segundo ele, permanecerão em vigor até que os dois países tomem medidas rigorosas contra o tráfico de drogas, principalmente de fentanil, e contra o fluxo de imigrantes ilegais.
“Em 20 de janeiro, como uma das minhas primeiras ordens executivas, assinarei todos os documentos necessários para cobrar do México e do Canadá uma tarifa de 25% sobre todos os produtos que entrarem nos Estados Unidos e suas absurdas fronteiras abertas”, disse ele na rede Truth Social.
Por aqui, a agenda de indicadores traz o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), prévia da inflação de novembro. A expectativa é de alta de 0,48% na comparação mensal e de 4,62% na base anual.
Também sai hoje o INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção – Mercado) de novembro, que reflete os custos do setor da construção civil e pode impactar diretamente o preço de imóveis e materiais de construção; e a sondagem da construção sobre o desempenho do setor.
Brasil
O Ibovespa encerrou o primeiro pregão da semana com leve baixa de 0,07%, aos 129.036,10 pontos, uma perda de 89,41 pontos, após uma sexta-feira com avanço parrudo (+1,74%).
Por aqui, em um dia de agenda fraca, permaneceu no radar dos investidores a novela do pacote de corte de gastos, que, até o fechamento do mercado financeiro, ainda não havia sido anunciado.
A segunda-feira foi dia de reuniões em Brasília entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e outros membros do governo. Na semana passada, Haddad havia prometido que o anúncio das medidas seria feito entre ontem e hoje (25 e 26).
Já o dólar comercial terminou com leve baixa de 0,14%, a R$ 5,80.
Europa
As bolsas europeias operam no vermelho, também repercutindo as ameaças do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, de aumentar as tarifas sobre a China, o México e o Canadá.
Das notícias da região, os investidores seguirão atentos informações sobre fusões e aquisições no setor bancário, após o UniCredit ter feito uma oferta de cerca de 10 bilhões de euros (US$ 10,5 bilhões) para adquirir o banco italiano Banco BPM.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,51%
DAX (Alemanha): -0,61%
CAC 40 (França): -0,77%
FTSE MIB (Itália): -1,09%
STOXX 600: -0,67%
Estados Unidos
Os índices futuros dos Estados Unidos operam no negativo, repercutindo as falas de Donald Trump e à espera da ata da última reunião do Fed, o banco central estadunidense.
Dow Jones Futuro: -0,05%
S&P 500 Futuro: -0,10%
Nasdaq Futuro: -0,06%
Ásia
As bolsas asiáticas também operam em baixa, depois que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, anunciou que seu governo vai impor tarifas adicionais à China.
Além disso, os investidores repercutem a informação de que a produção industrial de Cingapura aumentou 1,2% ano a ano, ficando abaixo das estimativas de analistas (+2,2%), conforme o consenso LSEG.
Shanghai SE (China), -0,12%
Nikkei (Japão): -0,87%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,04%
Kospi (Coreia do Sul): -0,55%
ASX 200 (Austrália): -0,69%
Petróleo
Os preços do petróleo operam com leve alta, após caírem na sessão anterior, enquanto os investidores avaliavam um possível cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah, pesando no prêmio de risco do petróleo.
Petróleo WTI, +0,41%, a US$ 69,22 o barril
Petróleo Brent, +0,48%, a US$ 73,36 o barril
Agenda
Nos EUA, saem o índice de preços de imóveis (setembro), índice de confiança do consumidor (novembro) e vendas de casas novas (outubro)
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, após um mês de discussões dentro do governo, o pacote de corte de gastos está pronto para ser anunciado, disse ontem (25) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, a data exata depende de uma conversa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco. Haddad não deu uma previsão de quando os presidentes das duas Casas legislativas receberão as matérias, mas afirmou que é uma questão protocolar de agenda e reiterou que serão enviadas “com certeza” nesta semana. Segundo ele, o anúncio para a imprensa deverá ser feito no mesmo dia do envio ao Congresso Nacional. Na seara de indicadores, saem o INCC-M (novembro), a Sondagem da Construção (novembro) e IPCA-15 (novembro).
Com informações do InfoMoney e Bloomberg
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