Ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, (PL), deixou hoje a prisão em que estava desde 3 de maio, depois que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou a delação premiada e concedeu liberdade provisória ao militar.
Moraes exigiu o cumprimento de medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, limitação da liberdade de sair de casa aos fins de semana e também à noite, e afastamento de suas funções no Exército. Após deixar a prisão, o militar fez exame de corpo de delito e instalou a tonozeleira.
Mauro Cid estava preso no Batalhão do Exército de Brasília. Ele foi alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga a inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid, no sistema do Ministério da Saúde, de integrantes da família do ex-auxiliar e do ex-presidente Jair Bolsonaro.
No entanto, a delação premiada do ex-ajudante de ordens não trata apenas do caso das vacinas. Ele também tem informações sobre a venda ilegal de joias recebidas como presente para o governo, enquanto Bolsonaro era presidente, e outros delitos que estão sendo investigados pela Polícia Federal.
O ponto principal são as articulações para o funcionamento de uma milícia digital e a articulação para tentativa de golpe contra a democracia brasileira.
A Procuradoria-Geral da República, se colocou contra o acordo de colaboração premiada firmado entre a PF e Mauro Cid.
“A PGR não aceita delações conduzidas pela Polícia Federal, como aquelas de Antonio Palocci e de Sérgio Cabral, por exemplo. O subprocurador-geral da República que se manifestou na delação de Mauro Cid apenas postula que se cumpra a lei”, escreveu no Twitter o procurador-geral da República, Augusto Aras.
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