O governo segue com dificuldade para encontrar um novo nome para assumir a presidência da Petrobras, depois da desistência de Adriano Pires, e um cenário em imbróglio pode acontecer. Cogita-se quatro cenários: adiar a Assembleia Geral – marcada para 13 de abril -, retirar a eleição dos conselheiros da pauta, prorrogar a estadia de Joaquim Silva e Luna no gabinete da presidência ou entregar o cargo a um diretor ou conselheiro interino.
Segundo informações veiculadas na mídia, uma das opções que vem ganhando força seria tirar da pauta da assembleia a votação do novo conselho de administração – votando apenas as demais matérias, como a aprovação das contas da companhia referentes ao ano passado.
Caso o governo decida, de fato, retirar a votação do conselho da pauta da assembleia marcada para a próxima quarta-feira (13) o atual presidente da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna, deverá ficar mais um tempo no cargo. Isso ocorreria até que o governo conseguisse acertar um novo nome e marcar uma assembleia para votar o conselho.
A ideia seria a de convocar uma assembleia-geral extraordinária, depois que o nome fosse escolhido, para depois de 30 dias. Essa estratégia, porém, enfrenta a resistência de acionistas minoritários, que estão engajados em emplacar seus representantes na próxima semana.
Segundo o Broadcast/Estadão, o general não veria problemas em ficar mais um tempo no cargo até a definição do sucessor.
Pelas regras do estatuto da estatal, o presidente da companhia precisa ser membro do conselho de administração, por isso a importância dessa eleição.
Até o momento nenhuma decisão foi tomada, e as buscas por um nome seguem paralelamente. O governo pode legalmente indicar nomes para o Conselho e para a presidência da empresa até a véspera da assembleia.
Agora pela manhã, o ministro Bento Albuquerque, de Minas e Energia, afirmou que a assembleia de acionistas da Petrobras, marcada para 13 de abril, vai ocorrer já com os nomes indicados pelo governo para a presidência da estatal e para o comando do Conselho de Administração.
O governo ainda não escolheu os nomes, mas apesar do prazo apertado, o adiamento, para o ministro, não é uma opção.
Nome cogitado é suspeito de uso indevido de sistemas públicos
Um dos nomes que aparecem mais cotados para assumir o comando da Petrobras é o do secretário especial da Secretaria de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Caio Paes de Andrade. No entanto, ele é apontado por uma empresa privada como suspeito de usar os sistemas do ministério para investigar a situação fiscal da companhia.
Em uma ação judicial movida pela empresa Conclusiva Consultoria e que foi apresentada à Justiça Federal da 3ª Região no dia 9 de março, Caio Andrade é apontado como principal suspeito de utilizar os sistemas do Ministério da Economia para checar, junto ao Serasa, a situação cadastral da Conclusiva. Questionado sobre o assunto, Andrade negou que seja o autor da pesquisa.
Redação ICL Economia
Com informações das agências
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