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Unificação da carga tributária, fim da reeleição e redução da maioridade penal foram promessas abandonadas por Bolsonaro

Entre as promessas abandonadas pelo ex-presidente, está a de não participar do "toma lá dá cá". Mas, na prática, acabou cedendo a apadrinhados políticos
03/01/2023 | 19h14

O ex-presidente Jair Bolsonaro encerrou seus quatro anos de mandato com várias promessas abandonadas, além de deixar um legado desastroso para o governo que acaba de começar. No início de sua gestão, em 2019, Bolsonaro chegou a falar em governar com apenas 15 pastas, mas começou o mandato com 22, em comparação aos 29 ministérios das gestões Dilma/Temer.

Ainda, durante a primeira campanha eleitoral, em 2018, ele prometeu acabar com a reeleição. Contudo, nem colocou o tema em votação no Congresso e concorreu novamente à Presidência neste ano, gastando bilhões do orçamento público em sua campanha. Ainda, no finalzinho do mandato, o presidente Jair Bolsonaro assinou uma MP (Medida Provisória) para elevar o salário mínimo de R$ 1.212 para R$ 1.302, abaixo do prometido em sua campanha. 

Bolsonaro, que se dizia um crítico feroz da chamada “velha política”, foi atrás do centrão na hora do aperto. Entre as promessas abandonadas, está a de não participar do “toma lá dá cá”. Na prática, o capitão do Exército cedeu a apadrinhados políticos do bloco cargos nos segundos e terceiros escalões de órgãos como o FNDE (Fundo Nacional de Educação) e o Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas), que gerenciam verbas bilionárias. Em 2021, ajudou ainda a eleger o deputado Arthur Lira (PP-AL) à Presidência da Câmara. E, no Senado, acabou indicando como ministro da Casa Civil um de seus principais aliados, o senador Ciro Nogueira (PP-PI).

Durante a pandemia, Bolsonaro foi acusado de desrespeitar as vítimas da Covid-19. Chegou a imitar uma pessoa com falta de ar, em alusão aos pacientes que sofriam com insuficiência respiratória. Mesmo sendo criticado, se negou a pedir desculpas.

Na lista de promessas abandonadas por Bolsonaro está a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil

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Crédito: Envato

Dentre mais promessas abandonadas por Bolsonaro, está a unificação de tributos federais, colocando a alíquota única de 20%. Também afirmou que reduziria a carga tributária, isentando o imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil. A verdade é que a reforma não avançou no Congresso e está estacionada no Senado Federal, segundo a reportagem publicada da Folha de S Paulo.

Ainda faz parte das promessas abandonadas, o pacote anticrime, idealizado pelo então ministro da Justiça e senador eleito, Sergio Moro, que recebeu investimento político e divulgação do governo Bolsonaro. O texto chegou a ser aprovado, mas foi desidratado pelo Congresso Nacional, que derrubou pontos centrais, como a prisão após condenação em segunda instância.

A redução da maioridade penal sequer foi discutida até o momento. O projeto pelo fim das saídas temporárias de presos chegou a ser aprovado na Câmara, mas está parado no Senado.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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