O Ibovespa fechou o pregão desta segunda-feira (2), o primeiro do ano, em forte queda. O principal índice da Bolsa brasileira caiu 3,06%, a 106.376 pontos. Segundo analistas do mercado financeiro, os investidores reagiram mal às medidas econômicas do novo governo referente a continuidade da desoneração dos combustíveis.
O ano teve início com importantes medidas econômicas anunciadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O governo publicou hoje a medida provisória que prorroga a desoneração dos impostos federais que incidem sobre os combustíveis. O mercado tinha, no entanto, a perspectiva de que as isenções acabariam na virada do ano. Para investidores, embora a continuidade da desoneração possa ter um impacto positivo na inflação, os agentes econômicos veem os danos fiscais causados por ela como mais graves.
Durante o discurso de posse ontem, Lula disse ainda que revogaria o teto de gastos. Investidores aguardam, agora, definições sobre a nova regra fiscal. Ainda na área econômica, o presidente também assinou a MP que estabelece o pagamento de R$ 600 no Bolsa Família. O novo salário mínimo, anunciado pelo presidente durante a campanha, ainda não foi publicado.
Além disso, Lula também assinou um decreto determinando que ministros adotem providências para revogar atos que dão andamento à privatização de uma série de estatais, como Petrobras, Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) e Correios.
Também nesta manhã, economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação do ano passado de 5,64% para 5,62%. Foi a quarta queda consecutiva do indicador. A informação está no relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (2) pelo Banco Central, que ouviu mais de 100 instituições financeiras na semana passada.
Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar comercial fechou o primeiro pregão do ano em alta de 1,51%, a R$ 5,359 na compra e R$ 5,360 na venda.
Destaques do Ibovespa do dia
No pregão do Ibovespa de hoje, as ações da ordinárias Petrobras tombaram 6,67%, enquanto as preferenciais caíram 6,45%. Já as ações do Banco do Brasil recuaram 4,23%.
Redação ICL Economia com informações das Agências
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