No dia em que o Fed (Federal Reserve) anunciará se vai aumentar ou manter a taxa de juros dos Estados Unidos no mesmo patamar, os índices futuros e as bolsas mundiais operam sem direção definida nesta quarta-feira (14). A decisão do Fed será anunciada nesta tarde.
Hoje também será divulgada a inflação ao produtor americano. O consenso Refinitiv aponta para uma retração de 0,1% em maio na comparação com abril e inflação de 1,5% em 12 meses.
O Fomc, equivalente ao Copom (Comitê de Política Monetária) do Brasil, se reúne pela quarta-vez no ano para deliberar sobre os juros do país. O monitor do CME Group mostra que uma fatia de 97% do mercado aposta na manutenção da taxa no atual patamar, entre 5% e 5,25%.
O Fed iniciou o ciclo de aperto monetário em março do ano passado, quando os juros estavam próximos de zero, e desde então elevou a taxa por dez encontros consecutivos.
Em seguida ao anúncio, o presidente do Fed, Jerome Powell, fará um discurso sobre a decisão e responderá aos questionamentos dos jornalistas. A fala dele é considerada ainda mais importante que a decisão, pelo fato de dar sinais sobre os próximos passos da política monetária.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (13) em baixa, interrompendo uma sequência de sete pregões de valorização. O principal índice da Bolsa brasileira caiu 0,51%, aos 116.742 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, as negociações do Ibovespa foram influênciadas, em grande parte, pelo recuo de lucros. Os investidores repercutiram hoje os resultados da inflação abaixo do esperado nos Estados Unidos e seguem na expectativa pela decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que acontece nesta semana.
Nas negociações do dia, o dólar ficou praticamente estável, com baixa de 0,08%, cotado a R$ 4,862 na compra e na venda.
Europa
As bolsas europeias estão operando no campo positivo, com os investidores à espera do anúncio do banco central dos Estados Unidos e repercutindo dados da região.
O PIB (Produto Interno Bruto) do Reino Unido cresceu 0,2% em abril, em linha com as expectativas dos economistas. O Escritório de Estatísticas Nacionais disse que o crescimento foi impulsionado principalmente pelo setor de serviços, que cresceu 0,3%, com a produção caindo 0,3% e o setor de construção caindo 0,6%.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,20%
DAX (Alemanha), +0,46%
CAC 40 (França), +0,73%
FTSE MIB (Itália), +1,17%
STOXX 600, +0,45%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam mistos, com a maioria dos investidores apostando em uma pausa no aperto monetário na reunião do Fed desta quarta-feira.
Hoje, será divulgado o índice de preços ao produtor dos EUA (PPI, na sigla em inglês) e, ontem (13), foi informado o índice de preços ao consumidor, que mostrou o menor aumento anual em mais de dois anos, reforçando as esperanças dos investidores de que o Fed não aumentará as taxas de juros.
A inflação nos EUA subiu a uma taxa anual de 4% em maio, a menor em dois anos, dando espaço para o Fed fazer uma pausa no aumento dos juros.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,06%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,21%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,23%
Ásia
A exemplo dos índices futuros, as bolsas da Ásia fecharam sem direção única, com os investidores também à espera da decisão do Fed e digerindo os dados da região.
Os preços de exportação da Coreia do Sul em maio caíram 11,2% em relação ao ano anterior, a maior queda desde março de 2010, quando os preços de exportação caíram 12,2%. Isso ocorre depois que os preços caíram 7,2% em abril.
Já os preços de importação caíram 12% em relação ao ano anterior, após uma queda de 6% no mês anterior.
A taxa de desemprego da Coreia do Sul, por sua vez, atingiu uma baixa recorde de 2,5% em maio, nível visto pela última vez em agosto de 2022.
Shanghai SE (China), -0,14%
Nikkei (Japão), +1,47%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,58%
Kospi (Coreia do Sul), -0,72%
ASX 200 (Austrália), +0,32%
Petróleo
As cotações do petróleo operam com alta, enquanto investidores aguardam pela decisão de juros do Federal Reserve dos EUA, dados econômicos da China e os dados do governo sobre os estoques de petróleo dos EUA.
Petróleo WTI, +1,05%, a US$ 70,15 o barril
Petróleo Brent, +1,18%, a US$ 75,17 o barril
Agenda
A agenda desta quarta-feira é marcada pela decisão de juros do Federal Reserve dos Estados Unidos e pela divulgação do índice de preços ao produtor dos EUA (PPI, na sigla em inglês) de maio.
Por aqui, no Brasil, no campo político, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ontem que pactuou com o relator da proposta do arcabouço fiscal no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), “parcimônia” na discussão sobre eventuais ajustes no texto, caso eles se apresentem necessários. “O que concordamos com Aziz é fazer algo com parcimônia, e se for o caso”, disse Haddad a jornalistas, após reunião com o senador. Na seara econômica, investidores aguardam pelas vendas do varejo em abril, com consenso Refinitiv projetando alta de 0,3% na base mensal e de 0,95% na base anual.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias
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