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Lula lança novo PAC nesta 6ª feira, com destaque para a retomada de obras paralisadas

Prioridade do pacote, que tem sete eixos estratégicos, será finalizar obras paralisadas. Cada estado será contemplado com ao menos três obras no pacote, que terá investimentos previstos da ordem de R$ 1 trilhão.
11/08/2023 | 12h39

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai anunciar, nesta manhã de sexta-feira (11), o novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que prevê investimentos da ordem de R$ 1 trilhão em quatro anos. Dentro das obras e projetos inclusos no pacote, devem estar a Ferrogrão (plano de ferrovia que corta a Amazônia), um trem de passageiros entre São Paulo e Campinas e uma ponte entre o Brasil e o Uruguai. Boa parte dos investimentos (cerca de R$ 300 bilhões), será feito via Petrobras.

O anúncio do novo PAC, que foi uma das marcas dos governos petistas, vai acontecer em cerimônia que acontecerá no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, cidade onde o presidente e parte de seus ministros já chegaram, para o lançamento de um pacote de investimentos com a Prefeitura do Rio, anunciado ontem (10).

Entre as prioridades do novo PAC, estão obras paralisadas. A justificativa é aproveitar que parte dos trabalhos já foi executada e aumentar a chance de conclusão de empreendimentos considerados relevantes, como a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, cujas obras foram suspensas na época da Operação Lava Jato.

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, o pacote de investimentos também deve incluir a retomada das obras da usina nuclear Angra 3, iniciadas nos anos 1980. A implementação da usina foi paralisada naquela década e retomada no governo Lula em 2009, em seu segundo mandato. Porém, foram suspensas novamente em 2015, após uma das empreiteiras contratadas admitir irregularidades em meio às investigações da Lava Jato.

Ainda segundo a Folha, a revitalização do rio São Francisco, prometida também na passagem anterior de Lula pela Presidência, também estará no novo PAC, assim como o ramal entre Salgueiro e o Porto de Suape (PE) da Transnordestina, que há anos recebe recursos públicos e continua em andamento.

O novo PAC terá sete eixos para investimentos: defesa; transportes, infraestrutura urbana, água para todos, inclusão digital e conectividade, transição e segurança energética e infraestrutura social.

Alvo de críticas, Ferrogrão é uma das novidades do novo PAC. Ferrovia tem o objetivo de escoar produção de grãos do Centro-Oeste

O pacote de investimentos também terá novidades, e uma delas será a Ferrogrão, ferrovia que cortará a Amazônia com o objetivo de escoar a produção de grãos do Centro-Oeste pelos rios amazônicos. O projeto, no entanto, tem sido criticado por especialistas por cortar a floresta ao meio.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou que a Ferrogrão estará no PAC, mas ainda está em fase de estudos.

“É uma obra que ainda está em projeto e precisa avançar um pouco, e projetos de infraestrutura têm seu próprio tempo. Eles não podem ser interrompidos antes de os estudos serem finalizados”, disse à Folha de S.Paulo.

O estado de São Paulo será contemplado no novo PAC com a conclusão da extensão da linha 2-Verde do Metrô, o trem Intercidades São Paulo-Campinas, que deve ligar as duas cidades em 60 minutos, e o túnel Santos-Guarujá.

Estimado em R$ 12,8 bilhões, o projeto do trem ligando as duas cidades é prometido há décadas por diferentes gestões estaduais. Agora, já tem até mesmo data marcada para o leilão, que deve acontecer em 28 de novembro se tudo correr bem. Esse projeto deve receber financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, colheu dos governadores das 27 unidades da federação suas demandas. Antes do lançamento do programa, Costa já teria informado a todos eles quais empreendimentos serão contemplados em cada estado no novo PAC.

A expectativa é de que sejam realizadas ao menos três obras em cada estado da federação.

Outras propostas no novo PAC, segundo a Folha, são a rodovia BR-156, no Amapá; a ponte entre o Brasil e o Uruguai, saindo de Jaguarão (RS); a ferrovia Nova Ferroeste, no Paraná; a última etapa da BR-487, que liga o Mato Grosso do Sul e o Paraná, mais conhecida como Estrada Boiadeira; e o contorno rodoviário de Guaíra (PR).

Redação ICL Economia
Com informações da Folha de S.Paulo

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