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Valor dos seguros de automóveis registra queda de 3,2% em julho. MP de incentivo à compra de carros do governo contribuiu para redução

Programa de fomento à venda de carros leves foi encerrado em julho, com 125 mil unidades comercializadas. Ferramenta de inteligência TEx Analytics mostra ainda que, na comparação com os últimos 12 meses, recuo nos preços das apólicos do seguro auto foi de 9,1%.
17/08/2023 | 20h04

O valor das apólices de seguros de automóveis registrou queda de 3,2% em julho em relação a junho (6%). Foi o terceiro mês seguido de redução, conforme dados do Índice de Preços do Seguro de Automóvel (IPSA), com base na ferramenta de inteligência TEx Analytics. Na comparação com os últimos 12 meses, o recuo foi de 9,1%.

A queda nos preços coincide com o período em que vigorou o programa de incentivo à compra de carros leves do governo federal, implementado com o objetivo de fomentar a cadeia automotiva. Encerrado em 7 de julho, o balanço do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) reportou a comercialização de 125 mil carros com descontos entre R$ 2 mil e R$ 8 mil, ou 1,7% e 11,7% no âmbito do programa.

Em entrevista ao site G1, Emir Zanatto, presidente da TEx, empresa que realizou o estudo, a queda no valor das apólices no mercado de seguro auto está diretamente ligada à medida provisória do governo federal, mas também à queda dos preços dos seminovos nos últimos meses, à redução nos índices de roubo e furto e menor demanda por veículos, “após longo período de alta nos últimos anos”.

O Índice de Preço de Veículo (IPV), também elaborado pela empresa, mostra que, em julho passado, os preços dos veículos registraram baixa de 5,1% comparado ao mesmo período do ano passado, atingindo o valor médio de R$ 94,9 mil. Em 2022, esses preços estavam na faixa de R$ 100 mil.

“Isso reforça o argumento de que o preço em geral dos veículos está em movimento de queda há pelo menos 12 meses”, disse Zanatto.

Homens pagam 12,5% a mais pelos seguros de automóveis do que as mulheres

Ainda segundo o levantamento feito pela TEx, homens ainda pagam 12,5% a mais em seguros de automóveis do que mulheres, pelo fato de que eles têm maior chance de sinistralidade (quando o cliente aciona o seguro) que elas.

“Historicamente, as chances de sinistralidade são maiores em média com homens do que com mulheres, tendo em vista que eles se envolvem mais em colisões, geram danos maiores e optam mais por veículos que são alvos de roubo e furto”, disse o executivo.

De acordo com o Índice de Preços do Seguro Automóvel (IPSA), houve queda de 6,3% nos preços para homens e 5,6% para mulheres este ano.

Na correlação estado civil e sinistralidade, Zanatto disse que a probabilidade de ocorrência de sinistro é maior em solteiros, também por uma média histórica de maior exposição ao risco.

“E, ao inserir o gênero na análise de estado civil, vemos que essa exposição ao risco de solteiro(a)s reduz-se com as mulheres, vide a menor distância das taxas de seguro entre solteiras e casadas em comparação com o gênero oposto”, complementou.

O valor do seguro também muda a depender da região. O estudo da TEx aponta que os consumidores que residem na região metropolitana do Rio de Janeiro, por exemplo, pagaram 67,4% a mais em comparação àqueles que residem na região metropolitana de Belém (PA).

Na zona leste de São Paulo e na zona norte do Rio, os valores das apólices foram 87% mais caros comparados aos do centro de São Paulo e da zona sul carioca.

Redação ICL Economia
Com informações do site G1

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