Os bancos brasileiros já renegociaram 2,03 milhões de contratos de dívidas em 10 semanas, desde o início do programa Desenrola Brasil, informou a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) na segunda-feira (25). São R$ 14,3 bilhões negociados exclusivamente pela Faixa 2, com foco em resolver as dívidas de pessoas físicas com débitos negativados até 31 de dezembro de 2022 e renda de até R$ 20 mil.
O Ministério da Fazenda projetava que 1,5 milhão de pessoas poderiam ser contempladas por essa medida, mas a meta foi ultrapassada logo na primeira semana do Desenrola. No total, foram beneficiados cerca de 1,6 milhão clientes. A adesão ao programa irá até 31 de dezembro deste ano.
Na segunda-feira (25), o governo federal abriu uma nova fase do Programa Desenrola Brasil, iniciando a renegociação de dívidas de consumo (água, luz, telefone, por exemplo), no valor de até R$ 5 mil, e que tenham sido negativadas até 31 de dezembro de 2022.
As empresas que oferecerem os maiores descontos terão a garantia do Fundo Garantidor do Tesouro Nacional para pagamento das dívidas renegociadas, caso o devedor não cumpra o acordado.
Programa Desenrola permitiu que os bancos “limpassem” o nome de cerca de 6 milhões de clientes com dívidas bancárias de até R$ 100
O programa Desenrola Brasil é uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele foi criado para promover um mutirão de renegociação de dívidas de pessoas físicas. A ideia central é tirar pessoas da lista de negativados e retomar o potencial de consumo da população.
Ainda de acordo com a federação, as instituições financeiras limparam o nome de cerca de 6 milhões de clientes que tinham dívidas bancárias de até R$ 100, uma contrapartida à participação dos bancos no programa. Isso significa que, se o devedor não tinha outros débitos pendentes, ficou com o “nome limpo” nos sistemas de proteção ao crédito.
Vale lembrar, no entanto, que a desnegativação não significa um perdão. O débito seguirá existindo, mas os bancos se comprometem a não incluir os devedores no cadastro negativo.
Em nota, o presidente da Febraban, Isaac Sidney, destaca que “os bancos estão diretamente envolvidos na concepção e no desenvolvimento do Programa Desenrola desde o início e o programa cumpre papel essencial no momento delicado das finanças das famílias brasileiras, ao procurar reduzir dívidas da maior quantidade possível de pessoas”, informa a reportagem publicada no site G1.
Redação ICL Economia
Com informações do site G1 e das agências de notícias
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