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Nesta ‘Super Quarta’, índices futuros operam no campo negativo, enquanto bolsas da Europa estão em alta

Grande foco do dia serão as decisões sobre política monetária nos Estados Unidos e no Brasil.
01/11/2023 | 11h45

Os índices futuros dos Estados Unidos operam no campo negativo, nesta manhã de quarta-feira (1º), enquanto as bolsas da Europa estão em movimento misto, com investidores se preparando para decisão do Fed (Federal Reserve) sobre juros dos Estados Unidos. Nesta “Super Quarta”, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central também anuncia sua decisão sobre a taxa Selic no Brasil.

O Banco Central dos EUA vai divulgar sua decisão nesta tarde, seguida por uma entrevista coletiva com o presidente do Fed, Jerome Powell (15h30, horário de Brasília). Por lá, a expectativa é de manutenção das taxas de juros.

Por aqui, a expectativa é de corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic), de 12,75% para 12,25% no ano.

As bolsas Europeias operam no campo positivo, ampliando os ganhos da véspera, com os investidores aguardando a próxima decisão sobre a taxa de juros do Federal Reserve dos EUA e repercutindo os dados de inflação da zona do euro, que caiu para o menor nível em dois anos.

Na Ásia, as ações do Japão lideraram os ganhos na região, subindo mais de 2%, um dia depois de o seu banco central ter aumentado a flexibilidade em torno da sua política de controle da curva de rendimentos.

Na China, o PMI industrial Caixin/S&P Global caiu para 49,5 em outubro, marcando a primeira contração desde julho e abaixo das previsões dos analistas de 50,8.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (31) em alta de 0,54%, aos 113.143 pontos. Mas, no acumulado de outubro, o principal indicador da Bolsa brasileira encerra o mês com queda de 2,94%.

O pregão de ontem foi marcado pela volatilidade do mercado internacional, às vésperas da “Super Quarta”. Começou ontem a reunião do Comitê de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), que definirá os juros nos Estados Unidos. O mercado projeta que o banco central norte-americano mantenha os juros inalterados, na atual faixa de 5,25% a 5,50% ao ano.

Por aqui, também teve início a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que definirá a taxa básica de juros (Selic). A expectativa do mercado é de redução de 0,50 ponto percentual, de 12,75% para 12,25% ao ano.

O dólar terminou a sessão com baixa de 0,11%, a R$ 5,0414. No mês, a moeda norte-americana avançou 0,29%.

Europa

As bolsas da Europa operam no campo positivo, ampliando os ganhos da véspera, com os investidores aguardando a próxima decisão sobre a taxa de juros do Federal Reserve dos EUA e também repercutindo a inflação da zona do euro, que caiu para o menor nível em dois anos.

O indicador ficou em 2,9% em outubro, segundo dados preliminares divulgados ontem (31). O mercado esperava alta de 3,1%.

Mas a agência de estatísticas Eurostat afirmou que a economia da zona euro contraiu 0,1% no terceiro trimestre, abaixo de uma previsão de estagnação.

As leituras ocorrem depois que o BCE (Banco Central Europeu) interrompeu sua série recorde de 10 aumentos consecutivos das taxas de juros.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,01%
DAX (Alemanha), +0,10%
CAC 40 (França), +0,12%
FTSE MIB (Itália), -0,09%
STOXX 600, +0,16%

Estados Unidos

Os índices futuros dos Estados Unidos operam no campo negativo, em dia de decisão sobre os juros nos Estados Unidos.

O Dow Jones e o S&P 500 encerraram o mês de outubro com queda de 1,4% e 2,2%, respectivamente, marcando a primeira sequência de perdas de três meses para os dois indicadores desde março de 2020. Já o Nasdaq caiu 2,8% em outubro.

Em relação ao rendimento do Tesouro dos EUA de 10 anos, no início de outubro, foi ultrapassada a marca dos 5% pela primeira vez desde 2007, suscitando preocupações sobre o impacto das taxas de juros mais elevadas durante mais tempo.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,37%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,34%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,36%

Ásia-Pacífico

As bolsas da Ásia fecharam com alta em sua maioria, com destaque para o índice Nikkei, que repercutiu a decisão do banco central japonês, de ter flexibilizado sua política de controle da curva de rendimentos.

Enquanto isso, a atividade manufatureira da China registrou uma contração surpreendente em outubro, segundo dados de uma pesquisa privada.

O PMI industrial Caixin/S&P Global caiu para 49,5 em outubro, de 50,6 em setembro. Esta foi a primeira contração em quatro meses. Economistas consultados pela Reuters esperavam uma leitura de 50,8.

Shanghai SE (China), +0,14%
Nikkei (Japão), +2,41%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,06%
Kospi (Coreia do Sul), +1,03%
ASX 200 (Austrália), +0,85%

Petróleo

As cotações do petróleo avançam antes da decisão de juros nos Estados Unidos, uma vez que o mercado também acompanha de perto o desenrolar do conflito Israel-Hamas.

Petróleo WTI, +0,51%, a US$ 81,43 o barril
Petróleo Brent, +0,59%, a US$ 85,52 o barril

Agenda

A agenda internacional de hoje é marcada pela decisão sobre os juros nos Estados Unidos. Por lá, também haverá a publicação do relatório JOLTS de setembro, que traz a abertura de vagas e a oferta de mão de obra no mercado de trabalho dos EUA.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ontem (31) que a reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), realizada no Palácio do Planalto, “foi boa” e serviu para discutir a agenda legislativa. Questionado ao deixar o prédio do ministério da Fazenda se foi firmado um cronograma para a votação do projeto que muda a dedução de Juros sobre Capital Próprio (JCP) e do projeto que altera a tributação sobre as grandes companhias que recebem benefícios fiscais dos estados – as chamadas subvenções do ICMS -, Haddad disse que não, mas que isso “foi conversado”. Na seara de dados econômicos, saem os números do IPC-S, Pesquisa Industrial Mensal do IBGE, PMI da Indústria da Transformação, além de divulgações do Banco Central, como índice commodities Brasil e fluxo cambial (este, semanal). A balança comercial de outubro também será divulgada, com projeção DEPEC de US$ 9,1 bilhões.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg

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