O tenente-coronel do Exército Mauro Cid confessou à Polícia Federal que entregou o dinheiro das joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro “em mãos”. Em depoimentos, ele revelou que participou da venda de dois relógios de luxo – um Patek Philippe e um Rolex – recebidos pela Presidência da República. A informação é da revista Veja.
Segundo a publicação, Mauro Cid contou à polícia que a venda das peças surgiu de uma necessidade de levantar recursos para bancar suas despesas de Jair Bolsonaro.
“O presidente estava preocupado com a vida financeira. Ele já havia sido condenado a pagar várias multas”, teria afirmado Cid.
“A venda pode ter sido imoral? Pode. Mas a gente achava que não era ilegal”, disse durante o depoimento, acrescentando que o dinheiro foi depositado na conta do pai dele, o general Mauro Lourena Cid, sacado em espécie e repassado em mãos a Bolsonaro. “Em mãos, para ele (Bolsonaro)”, completou.
Sobre os cartões de vacina, Mauro Cid assumiu a responsabilidade por tentar fraudar os registros do Ministério da Saúde ao emitir documentos que atestavam que ele, a mulher e as filhas haviam recebido os imunizantes contra a Covid-19.
“Eu estava com medo de perseguição, a gente não sabia o que ia acontecer. Estava com medo de a minha filha não poder ir para a escola, a minha esposa não poder entrar no mercado”, afirmou.
Nos depoimentos, o faz-tudo de Jair Bolsonaro revelou que foram várias as propostas golpistas.
“Eu recebia um monte de besteira nesse sentido, de gente que defendia intervenção, mas não repassava para o presidente. Qual o valor daquele texto encontrado no meu celular?”, confessou.
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