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Bolsas mundiais e índices futuros operam em alta, em sua maioria, à espera de dados de inflação nos EUA

No Brasil, véspera do feriado da Proclamação da República, saem a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) e o índice de confiança do empresário industrial (ICEI) de novembro.
14/11/2023 | 11h32

As bolsas mundiais e os índices futuros dos Estados Unidos estão operando em alta, em sua maioria, nesta manhã de terça-feira (14), com todas as atenções dos agentes voltadas para a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) norte-americano. O indicador é importante para medir a temperatura da economia norte-americana e um indicativo dos próximos passos da política monetária definida pelo Fed (Federal Reserve).

O consenso LSEG prevê aumento de 0,3% da inflação em outubro e alta anual de 3,3%. Recentemente, membros da autoridade monetária dos EUA deram sinais de que o ciclo de aperto monetário pode não estar próximo do fim, trazendo pessimismo aos mercados.

Hoje, membros do Fed farão novas falas ao longo do dia, o que também estará no radar dos investidores.

Na Europa, onde os mercados operam mistos, a atenção dos investidores está voltada aos dados preliminares do PIB (Produto Interno Bruto) da zona do euro do terceiro trimestre, que vieram em linha com o projetado por analistas.

No Brasil, véspera do feriado da Proclamação da República, saem a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) e o índice de confiança do empresário industrial (ICEI) de novembro.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de segunda-feira (13) em queda de 0,13%, mas se manteve acima dos 120 mil pontos (120.410 pontos).

Os negócios na Bolsa brasileira foram embalados pelo tom pessimista que tomou conta das bolsas de Wall Street, após a agência de risco Moody’s ter cortado, na sexta-feira passada (10), a perspectiva de classificação de crédito Aaa dos Estados Unidos de estável para negativa, devido a riscos fiscais crescentes no país.

As perdas só foram limitadas pelo avanço das commodities. O minério de ferro encerrou as negociações em Dalian, na China, em alta de 1,68%, com a tonelada cotada a US$ 132,57.

Por sua vez, os contratos mais líquidos do petróleo Brent terminaram o pregão com avanço de 1,33%, com o barril cotado a US$ 82,52 na Intercontinental Exchange (ICE).

Nas negociações do dia, o dólar terminou a sessão a R$ 4,9078, com recuo de 0,14%.

Europa

As bolsas da Europa operam mistas, com os investidores de olho nos dados preliminares do PIB da zona do euro do terceiro trimestre e, também, os dados da inflação ao consumidor nos EUA em outubro.

Os dados preliminares mostram que o PIB preliminar da zona do euro do trimestre caiu 0,1% na comparação trimestral e subiu 0,1% na base anual. O número foi em linha com o consenso LSEG, que apontava para queda 0,1% na base mensal e alta de 0,1% na comparação anual.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,05%
DAX (Alemanha), +0,24%
CAC 40 (França), +0,15%
FTSE MIB (Itália), +0,54%
STOXX 600, +0,21%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam com leves ganhos nesta manhã de terça-feira, antes da divulgação da inflação ao consumidor de outubro e de falas de membros do Fed.

Economistas consultados pela Reuters esperam que a inflação dos preços ao consumidor nos EUA desacelere para 3,3% em outubro, ante 3,7% em setembro. Já para a taxa de inflação subjacente, que exclui componentes voláteis, a expectativa é de que fique inalterada em 4,1%.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,07%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,16%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,31%

Ásia-Pacífico

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta hoje, ampliando ganhos de ontem. Por lá, a expectativa é para o encontro entre os presidentes dos EUA e da China, em meio à tensão crescente entre os dois países.

Joe Biden e Xi Jinping vão se encontrar amanhã (15), em meio a uma reunião de cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec, pela sigla em inglês) em São Francisco, na Califórnia.

Será o primeiro reencontro dos líderes das duas maiores economias do mundo em cerca de um ano.

Shanghai SE (China), +0,31%
Nikkei (Japão), +0,34%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,17%
Kospi (Coreia do Sul), +1,23%
ASX 200 (Austrália), +0,83%

Petróleo

Os preços do petróleo seguem com leve alta nesta terça-feira, seguindo a alta da véspera, depois de um relatório da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) apontando que os fundamentos do mercado permaneciam fortes, devido a preocupações com a possibilidade de o fornecimento ser interrompido, à medida que os EUA reprimem as exportações de petróleo russas.

Petróleo WTI, +0,28%, a US$ 78,48 o barril
Petróleo Brent, +0,29%, a US$ 82,76 o barril

Agenda

A agenda desta terça-feira traz o índice de preços ao consumidor (CPI) norte-americano. O consenso LSEG prevê aumento de 0,3% em outubro, com alta anual de 4,1% de acordo com a pesquisa da Reuters. Também são aguardados discursos de membros do Fed (Federal Reserve).

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) apresentou duas emendas ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2024 que alteram a meta fiscal do ano que vem. Uma delas prevê déficit de 0,75% do PIB (Produto Interno Bruto) do país e a outra, de 1%. Há uma discussão no governo, capitaneada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, para mudar a meta para um rombo de 0,5% do PIB, mas o parlamentar avalia que é preciso uma ação mais ousada para evitar contingenciamento de recursos. Na seara econômica, é aguardada para hoje a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A expectativa do consenso LSEG é de alta mensal de 0,3% e de 0,5% na base anual. Também sai hoje o índice de confiança do empresário industrial (ICEI) de novembro, pela CNI  (Confederação Nacional da Indústria).

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg

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