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Moro depõe em processo que pode resultar em perda de mandato

Senador é acusado de abuso de poder econômico, caixa 2, uso indevido de meios de comunicação e contratos irregulares
07/12/2023 | 15h22

O senador Sergio Moro (União-PR) depõe no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) sobre duas ações em que é acusado de abuso de poder econômico, caixa 2, uso indevido de meios de comunicação e contratos irregulares durante a campanha de 2022.

Os processos foram movidos pelo PL e pela federação PT, PV e PC do B, e unificados no TRE-PR. Ambos pedem a cassação do mandato do ex-juiz da operação Lava-Jato no Senado Federal.

Com gastos acima de R$ 2 milhões, a pré-campanha de Sergio Moro ao Senado Federal, na avaliação das legendas, deu a ele mais visibilidade, o que se configuraria como vantagem indevida, em relação aos concorrentes pela vaga de senador.

O TSE permite que seja gasto em campanha para Senado R$ 4,4 milhões. Segundo a denúncia, Moro investiu mais de R$ 6 milhões na candidatura, juntando o dinheiro usado na pré-campanha presidencial.

O ex-juiz nega as acusações e chama de “choro de perdedor”. Para ele, “é fantasiosa alegação de que a corrida presidencial tenha gerado ganhos eleitorais, uma vez que a desistência gerou gastos políticos”.

No depoimento de hoje, o parlamentar tem a prerrogativa de não responder aos questionamentos. A equipe do senador sinaliza que Moro comparecerá ao tribunal, apesar de presença não ser obrigatória. A oitiva, que inicialmente estava prevista para o último dia 16, não terá transmissão.

FUTURO INCERTO

O processo contra o senador Sergio Moro está na fase de colheita de depoimentos. Se Moro for condenado, toda a chapa para o Senado na eleição de 2022 será cassada e serão convocadas novas eleições para senador no Paraná.

Entre os possíveis candidatos que vislumbram ocupar a vaga do ex-juiz estão o deputado bolsonarista Ricardo Barros (PP); a presidente do PT Gleisi Hoffman; o ex-senador Álvaro Dias (Podemos); e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).

 

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