‘Binho Galinha’, deputado estadual da Bahia, é suspeito de chefiar milícia

O deputado estadual da Bahia, Kleber Cristian de Almeida, do Patriotas, conhecido como ‘Binho Galinha’ (Patriota-BA), é suspeito de chefiar uma milícia que atuava há pelo menos 20 anos em Feira de Santana. Nesta quinta (7), a Polícia Federal prendeu seis pessoas que, segundo a investigação, integravam o grupo criminoso.

Binho Galinha, entretanto, não foi preso. Ele foi alvo de mandado de busca e apreensão, embora a PF tenha requerido à Justiça a detenção do parlamentar. A 1ª Vara Criminal de Feira de Santanda também determinou o bloqueio de R$ 200 milhões nas contas dos investigados e o sequestro de 26 propriedades, além de suspensão do funcionamento de seis empresas.

Bens declarados

Binho Galinha, nas eleições do ano passado, declarou à Justiça Eleitoral ter os seguintes bens:

• R$ 10 mil em espécie
• 1 posto de gasolina avaliado em R$ 130 mil
• R$ 21 mil depositados no banco
• 1 terreno em Feira de Santana avaliado em R$ 155 mil

Na eleição, o deputado tem registrados pouco mais de R$ 143 mil em gastos.

O que diz o deputado

Em nota divulgada em rede social, Binho Galinha afirmou que está à disposição da Justiça baiana e afirmou que “tudo será esclarecido”. O parlamentar disse confiar na Justiça e reforçou que quer contribuir para a “transparência dos fatos” (veja a íntegra do comunicado abaixo).

“Tendo em vista as denúncias feitas pelo Ministério Público Estadual (MPE) e que a pedido da Justiça estão sendo apuradas, com ações no dia de hoje (07) pela Policia Federal, Receita Federal, e o próprio MPE em Feira de Santana e região, o deputado estadual Binho Galinha vem a público esclarecer que está a inteira disposição da Justiça da Bahia, e que tudo será esclarecido no momento próprio. Mantemos nossas atividades pessoais e legislativas sem alteração. Confio na Justiça e estou à disposição para dirimir dúvidas e contribuir quanto a transparência dos fatos. No mais dizer que nosso jurídico está tomando as devidas providências para junto a Justiça prestar os esclarecimentos.”